Parte 2: A Libertação
6/7/1994
O dilema judeu/gentio
“Quero que vocês saibam, irmãos, que muitas vezes planejei visitá-los, mas fui impedido até agora. Meu propósito é colher algum fruto entre vocês, assim como tenho colhido entre os demais gentios.” (Romanos 1:13)
Uma coisa para você prestar atenção enquanto lemos o livro de Romanos, e vai ser muito importante mais para frente, é esse assunto difícil que estava ocorrendo entre os judeus e os gentios no Império Romano. Havia toda uma confusão sobre o que significava ser um Cristão. Era especialmente difícil em Roma, não somente porque existia um grande problema com politeísmo, mas porque havia um bom contingente de judeus na cidade e muitas pessoas estavam se convertendo para o Cristianismo. Por causa disso entraram confusão e dificuldade. Você precisa ser um Judeu primeiro antes de tornar-se um Cristão? Qual é o lugar do Judeu? O Cristianismo é uma extensão do Judaísmo ou será que o Cristianismo é algo separado do Judaísmo? Como os dois estão relacionados?
É claro que na nossa cultura de hoje o Cristianismo é totalmente separado do Judaísmo, mas naquela época não era assim tão claro. Nas mentes deles, o Cristianismo era o Judaísmo com todas as profecias sobre a vinda do Messias cumpridas. “O Messias veio! Aleluia!” Então se eu fosse um gentio, estava eu me tornando um Judeu por causa do Messias que tinha acabado de vir? Ou essa é uma entidade totalmente separada? É monoteísmo, mas são duas coisas diferentes: Judaísmo e Cristianismo? Como vou entender isso? Consegue ver como isso era um problema na época deles? Mesmo até vinte e cinco anos depois de Pentecoste ainda permanecia um assunto difícil, especialmente em lugares onde o Judaísmo e o Cristianismo coexistiam lado a lado. Com certeza havia um pouco de confusão.
Uma razão porque esse assunto entra na figura é por causa da parte difícil e controversa da carta de Paulo em Romanos, capítulo 9 a 11. A carta para os Romanos só pode ser entendida à luz deste dilema de judeu/gentio que estava acontecendo lá em Roma nesta época. Aquelas escrituras são sobre a escolha soberana de Deus com relação aos judeus e os gentios e o cumprimento dos propósitos Dele. Então ao ler “Romanos”, fique atento ao ver Paulo conversando primeiro com os judeus e depois com os gentios. Ele está explicando o que o evangelho significa para os judeus, bem como o que significa para os gentios. Ele está respondendo à pergunta: Qual o valor de sermos um Judeu se somos justificados pela fé? Todas essas coisas estão acontecendo e Paulo está tentando desvendar essas dificuldades para eles.
O meu coração ou desejo não é ser extremamente técnico ao discutir tudo isso. Essa não é minha intenção. Mas eu quero estabelecer algo do conselho de Deus para que aconteça no seu coração a mesma coisa que aconteceu com Paulo quando estava discutindo sobre essas coisas. No Capítulo 11 ele estava dizendo: “Como são grandes as riquezas de Deus! Como são profundos o Seu conhecimento e a Sua sabedoria! Quem pode explicar as suas decisões? Quem pode entender os seus planos? Quem pode conhecer a mente do Senhor? Quem é capaz de lhe dar conselhos? Quem já deu alguma coisa a Deus para receber Dele algum pagamento? Pois todas as coisas foram criadas por Ele, e tudo existe por meio Dele e para Ele. Glória a Deus para sempre! Amém.” Houve uma explosão do coração de Paulo ao considerar a imensa Sabedoria de Deus. Deus não só tinha escolhido um povo para Ele, mas agora ele também está enxertando os ramos selvagens dos gentios! As profecias tinham estado lá todo este tempo sobre enxertar os gentios, mas os judeus simplesmente não as viram. Por terem endurecido seus corações, Deus de certa maneira cortou Israel. Em seguida, para os gentios Paulo diz: “Quem são vocês para se queixarem e reclamarem quando Ele enxerta de volta os ramos naturais na própria oliveira?” Quem são vocês para se queixarem da Sua intenção original de formar o que em Apocalipse poderia ser referido como as Duas Testemunhas? Todas essas coisas são muito importantes para a compreensão dos Últimos Dias e do papel que desempenhamos nisso tudo.
O poder para a libertação
Paulo faz esta declaração para seus amigos em Roma ao longo de sua carta: “Ei pessoal, a Lei foi dada a vocês. Foi dado a vocês um conjunto de “faça e não faça”, costumes e éticas vindos do Deus Altíssimo. Ok, isso é tudo muito bom. Mas essas coisas foram destinadas para fazer você considerar a profunda depravação em seus próprios corações e entender que não há saída exceto em Jesus de Nazaré. Você não tem esperança nem capacidade de cumprir um conjunto de leis e regras para agradar a Deus. Ninguém pode fazer nada por você, e você é impotente para fazer qualquer coisa por si mesmo para se livrar deste corpo de morte. Mas louvado seja Deus por Jesus Cristo nosso Senhor! Você pode ser liberto deste corpo de morte! Você pode ser liberto da lei do pecado e da morte e de tudo que satanás pode lançar contra você. Mas isso não vai acontecer acrescentando mais conhecimento, esforçando-se mais, ou melhorando isso ou aquilo. A solução é uma devoção total e uma relação de confiança implícita em Jesus de Nazaré em todas as circunstâncias da vida. E então o poder da libertação de Deus será visto em sua vida.”
“Sou devedor tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes. Por isso estou disposto a pregar o evangelho também a vocês que estão em Roma. Não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê: primeiro do judeu, depois do grego. Porque no evangelho é revelada a justiça de Deus, uma justiça que do princípio ao fim é pela fé, como está escrito: ‘O justo viverá pela fé’.” (Romanos 1:14-17) Para todos os que colocam todo o seu peso sobre a justiça que vem pela fé em Jesus... para todos os que confiam totalmente ao extremo, é a libertação, tanto para o judeu quanto para o gentio.
Nos primeiros vários capítulos desta carta, Paulo está tentando lidar com estas perguntas: Quem é o judeu? Quem é o gentio? Quem Deus justificou? Ele deixa claro de novo e de novo que a justificação vem por uma crença absoluta no fato de que o Pai ama o Filho. E nossa capacidade de compreender que o Pai nos ama baseia-se inteiramente no fato de que o Pai ama o Filho e fomos vestidos com Ele. Essa justiça é totalmente separada da lei – separada de nossa capacidade de crer nas “coisas certas” e fazer as “coisas certas”. Nossa justiça aos olhos de Deus é baseada em uma relação de confiança total de que Jesus é o “Sim” e o “Amém” para todas as promessas de Deus. Essa é a questão que Paulo continua insistindo com essas pessoas.
No capítulo 6, Paulo começa a falar não apenas sobre o fato de que a mancha e a culpa do pecado foram completamente removidas; ele também fala de modo radical sobre como nossas vidas devem ser completamente transformadas, ao confiarmos Nele dia após dia. O trabalho e a justiça de Cristo não só afetam “para onde você vai quando morrer”, mas também afetam a forma como você vive enquanto estiver aqui. Quando Paulo diz que “o justo viverá pela fé”, isso significa que podemos compreender o Poder de Deus de uma maneira sobrenatural para nos trazer ao ponto de nos transformar completamente na imagem e no caráter de Jesus. Além de nos salvar da morte, Seu poder é também eficaz para alterar nossos caracteres e amolecer nossos corações de pedra e nos transformar na exata semelhança da família de Jesus (Romanos 8) e dar ótimos frutos em nossas vidas para a Sua Glória. Essa é uma Boa Notícia! Deus é tão poderoso através da fé em Cristo para mudar nossas personalidades e atitudes quanto foi para nos salvar da pena do pecado. Não por nossas obras, mas por crer nas promessas de Deus. Ele veio nos salvar do poder do pecado.
Paulo fala sobre não se envergonhar do evangelho por ser o poder da libertação para todo aquele que crê. Ele não está falando apenas sobre a libertação da morte e da pena do pecado (Romanos 1-5), ele também está falando sobre a libertação do poder do pecado e da escravidão do pecado em nossos corações, atitudes e relacionamentos. Entenda que Deus quer nos libertar de toda forma de tentação, toda cobiça, todo medo, cada questão de orgulho e até de nossa personalidade se ela nos separa Dele e de pessoas. Deus quer nos transformar na exata semelhança da família de Jesus, atingindo a medida da plenitude de Cristo (Romanos 8, Efésios 4). Esse é um grande e poderoso trabalho que Deus quer fazer!
Talvez você olhe no espelho e imagine como é possível que você seja uma pessoa diferente. Como que poderá ser liberto deste “corpo de morte”? Você deseja fazer a coisa certa e mesmo assim você cai, e cai de novo. Talvez você até mesmo pare de querer fazer a coisa certa e comece a culpar outras pessoas por seus fracassos. Você é tentado a comparar-se a outros em vez de ao que Jesus ensinou e quem Jesus é. Bem, saiba disso: Deus quer nos libertar. Se tivermos “fé para ser curado”, Ele nos livrará de todos os aspectos do poder do pecado, assim como da penalidade do pecado, que é a morte.
Sem desculpas
“Portanto, a ira de Deus é revelada dos céus contra toda impiedade e injustiça dos homens que suprimem a verdade pela injustiça, pois o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas, de forma que tais homens são indesculpáveis.” (Romanos 1:18-20)
Cada mortal, cada ser humano é “indesculpável”. Paulo usa essa exata expressão. Ninguém na face da terra tem qualquer desculpa pois se você escolhesse, você poderia ter fé. A presença e a vida de Deus são claramente reveladas para cada um de nós o suficiente para que possamos crer em Deus. E se crermos em Deus, haverá uma obediência da fé.
Então o poder de Deus é para “todos aqueles que creem”: o Judeu e o Gentio. Mas a ira de Deus é para todos aqueles que suprimem a verdade pela injustiça. Há uma correlação aqui entre o que cremos de verdade no coração e como agimos. Injustiça vem de um coração de descrença. Paulo está prestes a descrever toda essa terrível escuridão que vem daqueles que recusam a crer em Deus. Eles suprimem a verdade sobre Deus e não querem crer Nele. Eles seguram seu direito de ter uma atitude em relação a isso e de alguma maneira justificam-se pelas suas próprias boas obras. Se você não crer em Deus, se você não confiar implicitamente Nele e deixar isso afetar as suas atitudes, você trará ira sobre a sua vida em vez de paz.
Descrença trará más notícias em vez de boas notícias. E se você continuar a viver em descrença, Deus entregará você a uma ilusão e às fantasias do seu coração. Se você quer se fingir de Deus; se você está andando em descrença como comprovado pelas suas atitudes no ambiente de trabalho, com os irmãos e irmãs, com Deus no que diz respeito à obediência no seu coração e na sua vida; se essa é a maneira que você quer viver, então a ira de Deus cairá sobre você. A ira de Deus está sendo revelada contra aqueles que caminham no que Paulo descreve como incredulidade, que se manifesta por desobediência.
“Portanto, a ira de Deus é revelada dos céus contra toda impiedade...” Em outras palavras, a Sua ira é revelada contra tudo que é “sem Deus”. Esta é a definição de impiedade. As pessoas fazem delas mesmas deuses e, portanto, Deus não tem nenhum efeito sobre como é a vida delas. Os “atributos invisíveis de Deus: o Seu eterno poder e natureza divina”, embora claramente vistos, não afetam suas atitudes. Não afeta o que eles veem com seus olhos, o que ponderam em suas mentes, ou a forma como eles veem e julgam outras pessoas. Se não deixamos Deus afetar o modo como vivemos, isso é impiedade, e a ira de Deus será derramada.
“Portanto, a ira de Deus é revelada dos céus contra toda impiedade e injustiça dos homens que suprimem a verdade pela injustiça, pois o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou.” Quando as pessoas escolhem suprimir ou empurrar a verdade por suas injustiças, não é porque falhamos em expressar algo claramente, nem porque falamos em termos que eles não conseguem compreender. A reação delas à verdade não depende de nossos truques. Esse não é o fator decisivo. A Escritura diz que Deus tornou a verdade clara para todo homem. Eu tenho que crer que isso é verdade. Eu não compreendo perfeitamente como isso é verdade, mas eu tenho que crer que a fé de outro homem não é dependente das minhas boas obras, do meu grande conhecimento nem da minha grande capacidade de expor algum ensinamento. Deus tornou a Sua realidade clara para toda a humanidade. “Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas, de forma que tais homens são indesculpáveis.”
“Porque, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças.” (Romanos 1:21) Eles não tiveram uma atitude de adorador, realmente crendo que Deus é Deus. Suprimiram a verdade – empurraram-na para longe – e não reconheceram-No como Deus, porque, como satanás, queriam ser deuses. “Eu quero definir as coisas. Eu quero me entreter da forma que preferir e pensar no que quero pensar. Eu quero viver sem restrições e não quero nenhum governo exceto o meu próprio. É totalmente minha escolha a forma que interpreto o governo de Deus.” Bem, isso faz com que seja meu governo em vez do governo de Deus, não é? Esse tipo de atitude suprime a verdade e acaba nos entregando à injustiça.
A insanidade do pecado
“...porque, tendo conhecido a Deus...” Ele deu uma boa chance a eles, igual Ele dá a nós, não é mesmo? “...não o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças, mas os seus pensamentos tornaram-se fúteis e o coração insensato deles obscureceu-se.” (Romanos 1:21) Essa insanidade terrível do pecado começa a entrar se não glorificarmos a Deus como Deus. Se permitirmos que opiniões e julgamentos se acomodem, se permitirmos que amargura, preguiça, ressentimento e compromisso entrem em nossos corações, a insanidade virá. Pensamentos fúteis nos controlam se não o glorificamos como Deus, se não viramos nosso rosto para Ele e confiamos Nele implicitamente em todas as circunstâncias. Quando dói ou quando não dói, quando nos sentimos desprezados ou tratados injustamente, precisamos voltar nosso rosto a Ele, para que a nossa fé ressoe. Se não agirmos dessa maneira, uma insanidade de pecado se instalará em nós. É um processo inevitável: um pensar fútil, um coração obscuro e um entendimento obscuro. Tornamo-nos justificados em nosso pecado.
“Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos e trocaram a glória do Deus imortal por imagens feitas segundo a semelhança do homem mortal, bem como de pássaros, quadrúpedes e répteis.” (Romanos 1:22-23) Ele não está falando apenas sobre a adoração estúpida de ídolos, onde colocam uma pedra contra uma árvore e curvam-se para adorá-la. Ele está falando sobre qualquer objeto feito pelo homem ou busca humana encher nossos corações. A adoração de ídolos é quando nossos afetos são para o mundo criado em vez de para Criador.
“Por isso Deus os entregou à impureza sexual, segundo os desejos pecaminosos do seu coração...” (Romanos 1:24)
Nos desejos pecaminosos de nossos corações, podemos nos recusar a confiar em Deus e nos recusar a voltar nosso rosto a Ele e resolver todas as questões em aberto pela fé em Cristo. Nós nos entregamos aos nossos próprios hormônios e glândulas e desejos lascivos, e, depois, justificamos o nosso pecado, comparando-nos a outros. “Bem, Deus criou isso. Ele me fez desse jeito.” Quando usamos as coisas que Deus nos deu para nossa própria satisfação e autoindulgência, Ele vai deixar que nossos corações se tornem escurecidos e que nosso entendimento se torne preso em um atoleiro de questões e doutrinas confusas. Se não temos uma fé simples em Cristo, nos voltando continuamente para Ele, Ele vai nos entregar à nossa própria tolice.
Há um monte de boas notícias nesta carta aos romanos, mas uma notícia não muito boa é o que acontece no coração do homem quando permitimos que nossas atitudes nos afundem. É uma má notícia quando toleramos incredulidade em nossos corações e formamos paredes contra Deus e outros cristãos. A coisa fica feia quando não vemos nossas vidas da maneira que Deus vê, e quando não vemos as pessoas que verdadeiramente amam Ele como lavados no Sangue do Cordeiro. Começamos a formar pensamentos críticos em relação a nós mesmos ou a outros, e, nesse ponto, Deus nos entrega a uma ilusão.
Deus não nos permite ficar no meio, sendo um Sr. Legal e pondo a vida em ordem de acordo com nosso próprio prazer e critério. Eles nos faz ir a um caminho ou a outro. Ao buscar Deus e a imortalidade de Deus, Ele nos entrega à vida. Ao buscar a carne, Ele nos entrega à destruição. Quando fazemos de nós mesmos deuses, conhecedores do bem e do mal, Ele nos entrega aos corações escurecidos e aos pensamentos fúteis. Embora nos proclamemos “doutores da lei”, não sabemos o que estamos falando nem o que afirmamos com tanta confiança.
Essa fé em Cristo não é um extra opcional. Não há maneira alguma de você manter problemas de atitude e não acabar em uma insanidade de pecado. Isso acontece automaticamente. Pela fé nós somos justificados e pela descrença estamos por fim condenados. Deus não nos deixa sentar no meio. A fé leva à obediência porque cremos em Deus. Cremos que Ele é o Recompensador dos que o buscam diligentemente. Somos gratos a Ele. Cremos que Ele é Deus e Ele sempre será louvado! Nós cremos Nele e por isso há uma obediência da fé. Da mesma forma, há uma desobediência de descrença que se estabelece quando o nosso pensamento se torna nublado, quando nossos corações se tornam escurecidos e nossa carne começa a correr atrás de desejos egoístas. Então justificamos nossas atitudes, nossas rebeldias, a concupiscência da carne e o orgulho da vida. Começamos a justificar essas coisas se não andarmos pela fé.
Por isso Deus os entregou à impureza sexual, segundo os desejos pecaminosos do seu coração, para a degradação do seu corpo entre si. Trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram a coisas e seres criados, em lugar do Criador, que é bendito para sempre. Amém. Por causa disso Deus os entregou a paixões vergonhosas. Até suas mulheres trocaram suas relações sexuais naturais por outras, contrárias à natureza. Da mesma forma, os homens também abandonaram as relações naturais com as mulheres e se inflamaram de paixão uns pelos outros. Começaram a cometer atos indecentes, homens com homens, e receberam em si mesmos o castigo merecido pela sua perversão.” (Romanos 1:24-27)
Observe que toda essa imoralidade deriva de não crer em Deus. As Boas Novas são o poder da salvação para todos os que creem. E por outro lado, a ira de Deus é derramada por aqueles que não creem e que mantêm o seu direito de serem deuses. Não há maneira de enfatizar isso o suficiente. Sua fé pode ressoar em todas as circunstâncias da vida, ou a sua incredulidade pode trazer destruição ao seu coração.
“Além do mais, visto que desprezaram o conhecimento de Deus, Ele os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem o que não deviam. Tornaram-se cheios de toda sorte de injustiça, maldade, ganância e depravação. Estão cheios de inveja, homicídio, rivalidades, engano e malícia. São bisbilhoteiros, caluniadores, inimigos de Deus, insolentes, arrogantes e presunçosos; inventam maneiras de praticar o mal; desobedecem a seus pais; são insensatos, desleais, sem amor pela família, implacáveis.” (Romanos 1:28-31)
Observe que bisbilhotar está no meio das piores maldades e pecados. Está bem ali com o assassinato, homossexualidade e todo tipo de maldade. Todas essas violações – calúnia, inveja, contenda, engano, arrogância e o resto – estão aglomeradas exatamente no mesmo pacote, porque todas elas são indicadores de que não conhecemos Deus. Nós não cremos em Deus e não temos temor a Deus. Nós não estamos conscientes de Deus, e isso se mostra em nossas atitudes e ações.
Todos esses pecados estão agrupados porque são todos frutos de nos tornarmos deuses. Nos tornamos deuses em vez de reter o conhecimento do verdadeiro Deus, o amor e a adoração a Ele, humilhando-nos diante de Deus e do homem. Esses atos de pecado e do mal vêm quando não filtramos tudo através da crença de que Deus é Deus, e de que Seu Filho morreu por nossos pecados e pelos pecados de cada pessoa em todo o mundo que chamar o Seu nome. Todo esse mal entra em jogo: “bisbilhoteiros, caluniadores, inimigos de Deus, insolentes, arrogantes e presunçosos; inventam maneiras de praticar o mal...” Muito espertos, essas pessoas que andam na incredulidade. “desobedecem a seus pais...” ali junto com assassinato e homossexualidade está a desobediência aos pais! “são insensatos, desleais, sem amor pela família, implacáveis. Embora conheçam o justo decreto de Deus, de que as pessoas que praticam tais coisas merecem a morte, não somente continuam a praticá-las, mas também aprovam aqueles que as praticam.” (Romanos 1:29-32) Essas pessoas aprovam aqueles que praticam a rebelião e levam os outros para o mesmo pecado sem sentido.
“Portanto, você, que julga os outros é indesculpável; pois está condenando a si mesmo naquilo em que julga, visto que você, que julga, pratica as mesmas coisas. Sabemos que o juízo de Deus contra os que praticam tais coisas é conforme a verdade. Assim, quando você, um simples homem, os julga, mas pratica as mesmas coisas, pensa que escapará do juízo de Deus? Ou será que você despreza as riquezas da Sua bondade, tolerância e paciência, não reconhecendo que a bondade de Deus o leva ao arrependimento?” (Romanos 2:1-4)
Precisamos deixar que essas coisas realmente se infiltrem em nosso interior. As vastas riquezas estão aqui, então olhe para cada palavra e vire seu rosto a Deus para encontrar o que Ele tem para você nessas coisas.
Humilhem-se...
Deus está procurando por arrependimento que vem da Sua bondade. Em confiança, vire sua face para Ele. É isso o que significa “arrependimento”: virar-se para Ele. Ele está à procura de pessoas que se voltam para Ele e veem o Seu caráter. Não se trata de pessoas que conseguem enunciar as leis de Deus, memorizar escrituras e, em seguida, lê-las no “sábado.” Deus honra as pessoas que viram suas faces em direção a Ele. Paulo está falando com qualquer um que tente se justificar por aquilo que sabe ou que faz.
Ele diz a eles: “Assim, quando você, um simples homem, os julga, mas pratica as mesmas coisas, pensa que escapará do juízo de Deus? Ou será que você despreza as riquezas da sua bondade, tolerância e paciência, não reconhecendo que a bondade de Deus o leva ao arrependimento? Contudo, por causa da sua teimosia e do seu coração obstinado, você está acumulando ira contra si mesmo, para o dia da ira de Deus, quando se revelará o seu justo julgamento. Deus ‘retribuirá a cada um conforme o seu procedimento’. Ele dará vida eterna aos que, persistindo em fazer o bem, buscam glória, honra e imortalidade. Mas haverá ira e indignação para os que são egoístas, que rejeitam a verdade e seguem a injustiça.” (Romanos 2:4-8).
Observe o “persistindo em fazer o bem...” Acho que ele disse isso para aqueles que se prenderiam a algum tipo de falso e religioso “eu acredito em Deus, e Jesus conquistou tudo no Calvário, então eu estou livre de qualquer necessidade de fazer qualquer coisa”. Martin Luther queria tirar o livro de Tiago do Novo Testamento porque ele achava que tinha muita ênfase em obras. Mas Tiago estava apenas dizendo o que Paulo diz de novo e de novo: há uma obediência que vem da fé. Se você realmente crê que Deus é, então você vai buscar “glória, honra e imortalidade” pela persistência em fazer o bem. Ele dará vida eterna aos que realmente veem Deus por quem Ele é.
Mas haverá ira e indignação para os que são egoístas – o que é o oposto de fé em Cristo –, que rejeitam a verdade e seguem a injustiça. Haverá tribulação e angústia para cada ser humano que faz o mal: primeiro para o judeu, e então para o gentio. Não importa qual é a sua base de conhecimento, se vem dos judeus ou dos gentios. O que você sabe sobre o caráter de Deus e pode proclamar aos pequeninos não significa nada se você não virar o seu rosto em direção a Deus em fé e deixar que isso afete a sua atitude e como você vive sua vida. Se você não fizer isso, trará julgamento, angústia, cólera e ira sobre si mesmo, não importa quem você é.
“Haverá tribulação e angústia para todo ser humano que pratica o mal: primeiro para o judeu, depois para o grego; mas glória, honra e paz para todo o que pratica o bem: primeiro para o judeu, depois para o grego. Pois em Deus não há parcialidade. Todo aquele que pecar sem a Lei, sem a Lei também perecerá, e todo aquele que pecar sob a Lei, pela Lei será julgado. Porque não são os que ouvem a Lei que são justos aos olhos de Deus; mas os que obedecem à Lei, estes serão declarados justos. (De fato, quando os gentios, que não têm a Lei, praticam naturalmente o que ela ordena, tornam-se lei para si mesmos, embora não possuam a Lei; pois mostram que as exigências da Lei estão gravadas em seu coração. Disso dão testemunho também a sua consciência e os pensamentos deles, ora acusando-os, ora defendendo-os.) Isso tudo se verá no dia em que Deus julgar os segredos dos homens, mediante Jesus Cristo, conforme o declara o meu evangelho.” (Romanos 2:9-16)
Haverá ira e julgamento a todos os que não têm fé em Cristo. Todos estão sem desculpa, porque Ele coloca a Sua lei no coração de cada homem, incluindo aqueles que não têm conhecimento de Seus decretos e ensinamentos justos em sintonia com o Deus de Israel. Ele permite “os pensamentos deles, ora acusando-os, ora defendendo-os”. Ele trabalhou e ainda trabalha ativamente de forma séria para criar uma consciência de Si mesmo na vida de cada mortal.
“Ora, você leva o nome de judeu, apoia-se na Lei e orgulha-se de Deus. Você conhece a vontade de Deus e aprova o que é superior, porque é instruído pela Lei. Você está convencido de que é guia de cegos, luz para os que estão em trevas, instrutor de insensatos, mestre de crianças, porque tem na Lei a expressão do conhecimento e da verdade. E então? Você, que ensina os outros, não ensina a si mesmo? Você, que prega contra o furto, furta? Você, que diz que não se deve adulterar, adultera? Você, que detesta ídolos, rouba-lhes os templos? Você, que se orgulha da Lei, desonra a Deus, desobedecendo à Lei? Pois, como está escrito: ‘O nome de Deus é blasfemado entre os gentios por causa de vocês.’ A circuncisão tem valor se você obedece à Lei; mas, se você desobedece à Lei, a sua circuncisão já se tornou incircuncisão.” (Romanos 2:17-25)
Uma herança judaica (ou mesmo uma herança Cristã) não significa nada se você somente mantiver certas partes da lei, mas não manter a totalidade da lei. Você é totalmente culpado diante de Deus e do homem, e de fato zomba da vontade de Deus e da Palavra de Deus diante dos não salvos.
Paulo está sendo muito implacável, você não acha? Ele está falando com um “hall da fama” de crentes que trabalham duro, que em sua maior parte foram convertidos do judaísmo (Romanos 16). Ele está dizendo: “Quem quer que você pense que é, e tudo o que você pensa que já realizou por Deus, é melhor você tomar cuidado. Se você acha que está justificado por seu conhecimento da Palavra de Deus e pelo fato de que Deus lhe confiou os Seus Santos Oráculos – os Dez Mandamentos, a lei de Moisés – se você se orgulha disso, então tome cuidado e olhe para o seu próprio coração.” Paulo não mostra nenhuma parcialidade aos judeus. Eles pensam que têm algum tipo de herança por causa de sua linhagem, por causa de seu conhecimento das Escrituras ou por causa de alguma “verdade espiritual”. Mas Paulo não mostra a eles nenhuma misericórdia! “Ótimo! Vocês têm a lei. Mas vocês seguem a lei?”
Nos quatro primeiros capítulos, Paulo demonstra que “o conhecimento da lei” não justifica ninguém: nunca justificou e nunca o fará. O conhecimento da vontade de Deus, acreditando em alguns conjuntos aprovados de verdades, ou andar com as pessoas certas não tem qualquer valor para justificar você. Se você vê a si mesmo como um mestre de crianças, um proclamador da verdade, ou um curador das nações porque tem conhecimento da vontade de Deus ou por causa de alguma linhagem de conhecimento, então você é um tolo. Se você acha que simplesmente ter o conhecimento dos mandamentos Dele lhe dará o Poder Dele, então deve olhar com cuidado para seu próprio coração, porque verá que você não tem NENHUM poder para fazer a vontade de Deus. Nenhum poder. Estamos apenas enganando a nós mesmos se pensarmos que estamos justificados diante de Deus ou habilitados por Ele a cumprir Seus mandamentos simplesmente porque nós conhecemos Seus comandos e podemos proclamá-los a outros.
Paulo está sendo muito insensível com as pessoas que ele ama carinhosamente. Muitos estavam em Cristo antes dele, e tinham dado bons frutos, em dois continentes! No entanto, ele lhes diz: “Eu não vou dar moleza. Se você pensar por um minuto que pode ser justificado simplesmente porque não é um Gentio e porque conhece alguns dos princípios de Deus, você é um tolo! Se você olhar honestamente, verá depravação e injustiça em seu próprio coração, porque Deus não dá poder ao mero conhecimento. Ele não dá poder em proclamar conhecimento aos gentios.”
Paulo tinha acabado de lhes dizer: “Sim, é verdade que os Gentios rejeitaram o que foi tornado claro desde a criação da terra. O homem poderia ter buscado a Deus. E sim, Deus entregou os gentios à depravação e à futilidade de pensar, porque eles não se voltaram para Ele como poderiam ter feito. Deus Se tornou manifesto, e eles O rejeitaram e fizeram-se deus.” Ele continua e dá aquela longa lista de pecados depravados. E em seguida, (v. 17) Paulo se volta para esses crentes judeus e diz: “Tudo bem, vocês conhecem a lei. Grande coisa! Eu não me importo com o que vocês pensam que sabem sobre Deus ou quem são seus antepassados. Eu não me importo se vocês podem ensinar todas essas coisas a crianças, porque essa não é realmente a questão.”
Deixe Ele expor você
“Se aqueles que não são circuncidados obedecem aos preceitos da Lei, não serão eles considerados circuncidados? Aquele que não é circuncidado fisicamente, mas obedece à Lei, condenará você que, tendo a Lei escrita e a circuncisão, é transgressor da Lei. Não é judeu quem o é apenas exteriormente, nem é circuncisão a que é meramente exterior e física. Não! Judeu é quem o é interiormente, e circuncisão é a operada no coração, pelo Espírito, e não pela Lei escrita. Para estes o louvor não provém dos homens, mas de Deus.” (Romanos 2:26-29)
Deus está procurando por algo real no homem interior. Ele não julga segundo as aparências de uma pessoa, seja judeu ou gentio, e essa é a questão que Paulo está desenvolvendo. Ele não gostava de fazer isso, mas ralhou com eles. Houve certos momentos em que eu tive que ralhar com alguém que eu tanto amo da maneira que Paulo fez, e isso partiu meu coração. Mas algumas vezes é necessário voltar ao nível zero. É muito importante voltar todo o caminho até a linha de base: “não há nenhum justo, nem um sequer.”
Paulo não tinha nenhuma alegria em ralhar com os corintos, nem com os romanos, nem com qualquer outro, e deixá-los expostos. Ele não apreciava pegar as pessoas que tanto amava e mostrar na cara o fato de que suas vidas injustas não eram nada diferentes de outras pessoas. Mas ele precisava fazer isso porque queria levá-los de volta a um lugar onde pudessem encontrar Jesus. 2
Mas você não precisa da tolerância de Deus se não vê seu próprio pecado. E você não precisa da paciência de Deus se não perceber sua própria injustiça. Se está relutante em encarar essa verdade por ter algum tipo de doutrina falsa na sua cabeça… “Espera. Eu sou justificado pela fé. Você não pode me expor assim, Paulo!” Bem, aqui está o homem que escreveu o livro sobre fé! E ele os expôs porque essa era a única maneira de eles poderem encontrar o Deus verdadeiro, que os levaria a arrependimento por Sua bondade, tolerância e paciência. Eles tinham baseado a sua justiça em seu conhecimento e outros fatores externos, então não conseguiam ver o quão longe de Deus realmente estavam. Se não conseguissem encarar isso, então nunca realmente encontrariam o Deus verdadeiro nem teriam qualquer coisa a oferecer a qualquer outra pessoa. Pensavam que eram mestres de crianças, mas na verdade não tinham nada a oferecer a ninguém.
Permita que Deus discipline você de tempos em tempos, e permita que ele erga você simplesmente pela fé no Seu Filho — nada mais do que isso. Não tente levantar a si mesmo julgando outros, ou comparando a si mesmo com outros, ou pelo o que acha que realizou ou conhece. Nada de comparações ou contrastes. Simplesmente encare o Deus vivo e caia de joelhos ao ver o quão injusto você é diante Dele e o quão desesperadamente você precisa de Sua purificação. Deixe Paulo repreender você. Deixe outros, se Deus assim quiser, trazer você àquele lugar onde você não tem mais como se justificar. Seja judeu ou gentio, há apenas uma justificação, uma reivindicação. Se virmos isso adequada e corretamente, haverá uma profunda humildade em nossos corações permeando tudo que falamos e fazemos. Não existe fé e não existe obediência da fé se não houver quebrantamento contínuo diante de Deus dia após dia após dia.
Se você tiver algo que cochicha nos lugares secretos sobre alguém – murmúrio, acusação ou julgamento – então você não vai achar Deus. Se souber de pecado na vida de alguém, então fale com a pessoa honestamente. Certamente há espaço para falar contra o pecado. Deus não tolera que sejamos mornos, e Ele não deseja que a casa esteja cheia de fermento, como é o caso quando simplesmente ignoramos pecado. Mas isso não significa que criticamos e julgamos outros quando vemos algo que não é certo. Se alguém começa a ficar pomposo, cheio de si e critica outros, então essa pessoa não está reconhecendo que a única esperança para ela e qualquer outro é pela fé no Filho de Deus... o Filho Vivo de Deus. Precisamos vê-Lo por quem Ele é e nos prostrar em arrependimento, e chamar outros para fazer o mesmo. Ele não vai ser encontrado até encararmos nós mesmos primeiro, para depois encarar outros em humildade e fé.
Então permita a Deus repreender você, expor suas atitudes e seus julgamentos. Se não chegarmos nesse ponto, nunca viveremos pela fé de início ao fim. Nossa fé não ressoa. Veja você mesmo da forma que um Deus Santo certamente deve nos ver como meros mortais. Deixe que isso prepare você para seu futuro. Paulo sentiu a necessidade de arar a terra com pessoas que ele amava profundamente antes de plantar a semente da Esperança da Glória nos seus corações. A menos que você comece com uma postura de humildade, Deus não tem nada a oferecer a seu futuro. Comece deixando-o expor você a Ele. Se deixar isso em branco, nunca conhecerá a herança que Ele tem para você e você nunca será uma força redentora – o poder de Deus – na vida de outros também. Você precisa começar deixando Ele mostrar quem você realmente é. Paulo fez isso com seus amigos profundamente amados, com a esperança escondida em seu coração de que se ele os torcesse dessa maneira, ficariam com ele a fim de encontrar verdadeira esperança... a única esperança: uma total confiança em Jesus de Nazaré e tudo por que Ele viveu e morreu.
As pessoas em Roma poderiam ter facilmente culpado Paulo depois de ler sua primeira carta e simplesmente ter deixado de lado. Mas eles não fizeram isso. Isso foi porque Paulo não escreveu um “livro”, mas uma carta pessoal para seus amigos. Olhe capítulo 16 se duvidar disso. Essa carta para os Romanos é frequentemente considerada o livro mais difícil do Novo Testamento porque Paulo parece pular de coisa para coisa, algumas vezes tornando difícil entender a linha de pensamento. Algumas coisas até mesmo parecem contradições para nós. Mas, por Jesus, deite sua vida verdadeiramente diante de Deus, assim como esses homens e mulheres certamente fizeram assim que receberam essa carta. Eles provavelmente coçaram a cabeça e perguntaram: “Com quem ele está falando? Será que ele quer dizer eu?!” E é bom que todos respondamos essa pergunta: “Sim, parece que sim.” Paulo está conversando conosco também. E você nunca verá as Glórias do que Paulo diz mais adiante em sua carta se não estiver disposto a aceitar a repreensão que ele mostra a você logo no começo. Se não receber isso, nunca conhecerá a Glória da Liberdade que Deus tem para seu futuro.
O Pai ama o Filho, ponto final. Você nunca conhecerá isso até estar disposto a andar em quebrantamento e humildade. Por meio da tolerância, da paciência e da bondade de Deus, buscamos imortalidade nos humilhando, indo em frente e fazendo o bem, em vez de endurecendo nossos corações. Quando nosso pensamento se torna fútil, então nossos corações são obscurecidos em relação ao entendimento porque nos tornamos Deus. Nos recusamos a agradecer e louvar Ele em todas as circunstâncias – esse Deus que deve para sempre ser louvado.
Ó profundidade da riqueza da sabedoria e do conhecimento de Deus! Agora pergunte a Ele, implore a Ele, para permitir que você compreenda a imensidade de Seu coração. Peça a Ele para ajudar você a entender o desespero que Ele sente pela escuridão de nossos corações tolos. E ainda assim há Esperança que Ele nos dá, pela fé em Seu Filho — verdadeira confiança e crença — que afeta nossas atitudes no decorrer de nossas vidas. Deixe Ele expandir seu coração e mente para que quando você olhar para a humanidade ou para o espelho, seus olhos vejam o que Ele vê. Peça a Ele para abrir seus olhos para ver o desespero que é nossa herança (capítulos 1-3) quando colocamos nossa esperança em qualquer outra coisa que não seja o Filho de Deus como o pagamento pela penalidade do pecado e a esperança para o futuro para o poder sobre pecado.
Nunca nenhum princípio vai substituir a Vida do Filho de Deus Ressurreto. Deixe Ele rasgá-lo. Deixe Ele tirar tudo de você. Não segure nada pomposamente, cheio de orgulho, e de forma egoísta, mas deixe Ele levá-lo até a estaca zero. Deixe Ele levar você para o lugar sobre o qual Paulo escreveu, onde você se coloca como nada para que Deus possa realmente levantá-lo do interior.
Deixe Ele torná-lo um canal de imortalidade, em vez de um tal de crente tolo, de pensamento fútil e entendimento obscuro. Deixe que Ele o aproxime da imortalidade — da Vida verdadeira que é realmente, realmente Vida! Deixe Ele levá-lo para a estaca zero para que Ele possa levantá-lo. Eu não estou falando de introspecção. Estou falando de ver as coisas exatamente como são, para que a sua esperança, sua confiança e sua confidência possam estar só em Cristo Jesus. Glorie-se Nele em vez de qualquer coisa externa. Sua segurança não pode estar em tentar evitar as “coisas ruins”, o que faz você se desesperar, ou em se gloriar nas “coisas boas”, o que distancia você de irmãos e irmãs. Se você permitir que o desespero entre, você também permitirá que o orgulho entre. Se você permitir que o orgulho entre, você também permitirá que o desespero entre. Nenhum deles são fundados e enraizados no Sangue do Calvário, no Poder do Espírito de Deus e no Poder do Senhor Ressurreto sentado à direita de Deus, intercedendo por nós.
Paulo pediu àqueles em Roma para serem honestos com eles mesmos, e ele nos pede para fazer o mesmo. Se você não admite a sua necessidade, você nunca vai conhecer o poder de Deus para a santificação. Você nunca vai conhecer o poder de Deus, pois só pode ser compreendido através da fé, e fé é ver Deus por quem Ele é, e ver a nós mesmos por quem somos. Se as pessoas começarem admitindo quem são, Deus vai conseguir levá-las muito mais longe mais rapidamente, de forma sobrenatural, poderosa e milagrosa, do que se fizerem birra e se defenderem. Nossa fé ressoará quando formos simplesmente honestos sobre onde é exatamente nosso ponto de partida, e admitirmos quão pouco temos para oferecer a Deus, e o quanto sempre deveremos a Ele.
2 E há momentos para nós também, quando Deus vai RALHAR CONOSCO SEVERAMENTE e nos trazer para o início. Você precisa entender que há um momento e um lugar para Deus nos expor por meio de irmãos e irmãs, para que possamos encontrar a justiça, independentemente da lei. É uma justiça que vem simplesmente pela fé em Cristo no homem interior, tendo sido levado a Deus por Sua bondade, tolerância e paciência. Back