O Coração dos Pais

2001

Olá pessoal, na noite passada eu tive a oportunidade de presenciar um momento em que alguns dos irmãos desfrutavam com os garotos aprendendo um pouco de história, e, francamente, eu fiquei surpreendido e desapontado. O momento em si foi bom e os garotos mostravam respeito e estavam relativamente controlados. Mas depois que o tempo “acabou”, muitos garotos regrediram para um certo nível de tolice, preocupação com diversão e estavam simplesmente sendo imaturos no geral. A maioria tinha 11 ou 12 anos de idade, então eu não pude deixar de pensar em Jesus aos 12 anos no templo, discutindo as Escrituras com os professores da Lei. Se me permitirem dizer isto, a maioria dos garotos parecia muito longe de ser capaz de fazer coisa parecida, não só por causa de falta de conhecimento das Escrituras, mas devido a uma ausência de caráter, maturidade, autocontrole e prioridades Eternas. Eu comecei a imaginar maneiras de remediar a situação deles. A solução mais eficiente que eu pude encontrar baseia-se neste fato:

Tornar-se um garoto de verdade DEPENDE, VITALMENTE, de ter um pai que é um homem de verdade e de ter muitos pais que são homens de verdade.

Ou seja:

Se a Vida do Próprio Jesus—Suas Qualidades, Prioridades, Seu Caráter, Amor, Zelo pela Casa do Pai—não estiver cheia de vigor dentro de você, então você terá muita dificuldade para tentar transmitir essas coisas para seus filhos (e filhas). As crianças se tornam quem você é. Você talvez seja capaz de COMUNICAR uma visão elevada com suas palavras, mas quem você é, é o que você vai TRANSMITIR.

Portanto, se você está em falta então 1) Olhe para Jesus, arrependa-se e seja mudado e 2) busque vigorosamente integrar outros homens em quem você percebe Jesus na vida de seu filho (e você deve fazer isso de todo jeito, pois Jesus tem muitos aspectos e você não possui todos os dons de que seu filho precisa para prosperar).

Estas são algumas das coisas que podem facilmente ser transmitidas a eles mas que em NENHUMA HIPÓTESE devem ser:

Prioridades equivocadas: eles nos vêem ficando todos entusiasmados com coisas que não são tão dignas de nossas afeições e energias? Esportes, trabalho/negócios, aparelhos eletrônicos, comida, filmes, equipamentos (computador, esportivos e outros), acontecimentos atuais, etc.

Falta de caráter: preguiça/negligência, raiva/irritação, reclamações/amargura, tolice, COVARDIA, falta de zelo justo em relação ao pecado, arrogância por causa do que sabemos, por causa do que podemos fazer, por causa do que “possuímos”, apatia, atitude defensiva, timidez, ostentação (“ei, olhem pra mim todo mundo”), tagarelice/piadinhas constantes, preocupação, egocentrismo, sucumbir ao fracasso ou dor, instabilidade emocional, etc.

Falta de perspectiva e construção do Reino: agir de forma independente, reservas com relação a nossa vida “pessoal” e interior, agir de acordo com a mentalidade mundana do “só nós quatro e mais ninguém”, enfeitar nossas próprias casas, pouco sacrifício pelos outros, agir com base em instintos naturais, apego generalizado aos assuntos e prioridades do mundo visível, falta de paixão pelo “assim na terra como no Céu”, etc.

Você nota algumas dessas coisas em seu filho? Consegue notá-las em si mesmo? Que tal escrever num papel as coisas que você percebe e contar aos outros (àqueles com quem você e seus filhos têm uma relação mais próxima)? Peça ajuda a eles. Pergunte a eles o que eles vêem. Uma das coisas de que fui culpado no passado foi ser brando com o pecado na vida de meu filho se visse o mesmo pecado na minha vida. Apenas os justos é que são “corajosos como um leão”. Se eu não tiver coragem de resolver aquilo de uma vez por todas na minha vida, com energia, então eu não vou ter a coragem de resolver na vida dele, pelo menos não com o mínimo de integridade. Se nós dois tivermos dado comida ao mesmo dragão, então vai ser difícil matar o DELE já que ambos criamos o mesmo bicho. Se eu mimar meus dragões, eles podem matar a nós dois.

“Ele fará com que os corações dos pais se voltem para seus filhos, e os corações dos filhos para seus pais; do contrário, eu virei e castigarei a terra com maldição.”

Nós somos a peça-chave aqui, pais. Nós precisamos fazer nossa parte. Devemos ser Pais para nossos filhos e para os filhos uns dos outros.

Um último pensamento... se seu filho fosse escrever uma redação sobre todas as semelhanças que ele nota entre você e Jesus, quanto será que ele conseguiria escrever? Eu sei que pode haver algumas coisas que ele não percebe e outras coisas que ele não poderia exprimir muito bem, mas será que há o bastante da vida de Jesus fluindo por você a ponto de ele poder dizer “Eu vejo Jesus no meu pai no modo como ele... e no modo como ele... “? Queria só deixar esse pensamento para nos lembrar de ter certeza de que estamos expressando Jesus de maneiras reais, tangíveis, que nós estamos verdadeiramente morrendo para QUEM nós somos e nos tornando cada vez mais QUEM Ele é.

Com muito amor, esperança e desejo de mudança, Stephen

aosseuspes.com
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