Parte 6: A lei satisfeita
6/7/1994
A justiça é cumprida
A própria natureza da morte de Jesus na cruz provoca automaticamente um pressuposto da nossa parte de que o poder do pecado foi totalmente esmagado. Nós não precisamos mais ser escravos do pecado! Podemos ainda “oferecer” partes de nossos corpos como instrumentos de injustiça, mas não é necessário. E a maneira como podemos compreender e cumprir a justiça de Deus em nossas vidas de forma visível (que Pedro disse que até mesmo os pagãos veriam e por isso louvariam a Deus) é viver pela fé – para considerar-nos mortos para o pecado. Para entender, apreciar e crer no que Jesus realizou.
A natureza do Calvário e Deus enviar o Seu Filho ao mundo não foi apenas para termos um monte de pequenas histórias de ninar para contar aos nossos filhos! Na verdade, algo foi legalmente realizado quando Jesus morreu, embora Ele fosse inocente. Algo LEGAL foi realizado naquele ponto no tempo e está, portanto, permanentemente estabelecido. A questão legal foi resolvida. De acordo com a justiça de Deus (a palavra que Paulo usa várias vezes no capítulo 3), algo legal precisava acontecer. Na corte celestial de Deus, por causa da Sua justiça, o salário do pecado é a morte… a pena de morte deve ser imposta a todos que violarem a Santidade Dele.
Aqueles que rejeitam Ele como Deus, escolhendo o que sua carne quer e não o que o Criador das Galáxias quer (!!!!) – merecem morrer. Paulo torna isso muito claro nos primeiros capítulos de Romanos. Você merece a morte. Seja judeu ou gentio, com lei ou sem lei, o mesmo é verdade para todos – nós todos merecemos morrer. A justiça diz: você deve morrer porque você fez de si mesmo um deus, assim como Adão fez. Você fez de si mesmo um deus, seja de forma descuidada ou intencional, assim que disse: “Deus, eu sei melhor. Vou fazer do meu jeito. Eu mereço ter essa atitude. Eu tenho direito de fazer esse julgamento. Eu mereço agir de acordo com esse impulso carnal. Tenho o direito de ter minha opinião e tenho o direito de falar o que eu estiver pensando.” Assim que qualquer uma dessas coisas entra em nossos corações, violamos a totalidade da lei, Tiago disse. “Oh, foi apenas uma mentira inofensiva...” Diga isso a Ananias e Safira! Eles torceram a verdade apenas um pouquinho para acomodar a sua situação, e caíram MORTOS por isso (Atos 5). “O salário do pecado é a morte.”
Deus está desesperado para nos fazer entender que não há “mentiras inofensivas”. Não há pecado pequeno. A totalidade da lei é violada quando a menor letra ou o menor traço é violado. Por quê? Porque assim que “torcemos” qualquer coisa para acomodar a nossa carne, fazemos de nós mesmos deuses, conhecedores do bem e do mal. Nós não podemos comer da Árvore da Vida e da árvore do conhecimento do bem e do mal ao mesmo tempo. Estamos desligados da Árvore da Vida, se optarmos por sermos nossos próprios deuses... “Deus não é Deus, eu vou me tornar um pequeno deus. Vou fazer do meu jeito. Posso dizer ou fazer o que eu quiser, porque isso não é juuustooo! Eu tenho o direito de ser desrespeitoso com meus pais. Eu tenho o direito de ter essa atitude egoísta.” E Deus diz: “Não! O salário do pecado é a morte. Você merece a pena de morte.”
Bem… a justiça é cumprida Na Pessoa de Jesus Cristo. Ele não teve pecado durante Sua vida inteira – Ele nunca torceu coisa alguma. Ele não manipulou nem atenuou nem uma única coisa que o Pai queria para a Sua vida, Seu coração, Seus olhos, Sua atitude ou Seu tom de voz. Nunca nem UMA vez Ele resmungou, reclamou nem atacou outros (e mesmo seus irmãos e irmãs O importunavam desde quando Ele era jovem, diz o evangelho de Marcos). Ele nunca teve uma reação diferente de um coração maleável para com Deus.5
O Cordeiro inocente de Deus, que tira os pecados do mundo, veio ao mundo para satisfazer a justiça – desta forma, não teríamos que morrer. Morte pelo pecado… Até a menor mentirinha ou insinuação de estar bravo exige a morte. Frieza, um tom de voz impaciente, revirar os olhos, recuar ligeiramente em momentos de estresse ou dor, retrair nossos corações por causa de medo ou egoísmo – todas essas coisas violam instantaneamente a totalidade da lei de Deus, tanto quanto qualquer coisa que Hitler ou qualquer outra pessoa já tenha feito.
“Então você é melhor que isso?”
“De jeito nenhum!” Paulo disse.
Quando nos fazemos deuses por escolher qualquer outra coisa além da vontade atual do Pai – por uma ação que tomamos ou uma decisão ou um pensamento que toleramos ou na forma como nos portamos – violamos toda a lei e merecemos a morte. PONTO FINAL.
Pela justiça de Deus e pela Sua misericórdia, Jesus morreu. Essas são duas coisas separadas. A justiça de Deus disse que alguém tinha que morrer. A misericórdia de Deus disse que Ele deixaria Seu precioso Filho, que amava seu Pai desesperadamente e O obedeceu de forma irrestrita, ser o Único a morrer – Aquele que Deus amava de todo Seu coração por causa da Sua obediência e devoção. Apesar do grande amor que Jesus e o Pai sempre compartilharam, o Pai permitiu que Seu Filho morresse a fim de cumprir a justiça. Pensamento imponderável!! Incrível!!! Ele vai além de qualquer coisa que jamais poderíamos compreender, mas é verdade. Isso é exatamente o que aconteceu. Justiça foi feita por misericórdia, alguém que não merecia morreu. Ele morreu por sua causa e por minha causa, sendo que o que merecíamos era a totalidade de cada punição que Deus poderia trazer sobre nós. Uau!
5 Ter um coração maleável pode significar violência às vezes e fazer chicotes e virar mesas, mas foi o zelo pela Casa do Pai que O consumia, não uma raiva egoísta. Ele não estava tratando dos Seus negócios, estava tratando dos negócios de Seu Pai. Ele estava com raiva do que Deus estava com raiva, e essa é a diferença. Irai-vos e não pequeis. (Ef 4:26). Back
Limitações?? Haha!!
O fato de Jesus ter morrido por nós não significa só que não temos que morrer. TAMBÉM significa que a maldição que veio sobre Adão quando ele pecou e foi cortado da Árvore da Vida, foi revertida! Tudo o que Adão tinha no Pai, no jardim, pode ser restaurado, com glória cada vez maior e maior e maior. Isso acontece quando nós entregamos nossa própria vida, e continuamos a crescer em comunhão com o Pai, Filho e Espírito Santo. Nós deixamos Ele fazer Sua morada em nós e nós permanecemos profundamente em Sua Palavra. Continuamos agora, pelo poder do Espírito Santo vivendo dentro de nós, a “guardar os Seus mandamentos e decretos”... Nós voltamos o rosto para Ele e deixamos que o Seu Espírito derreta nosso coração, e largamos o casulo morto e sem sentido da nossa velha vida. A vida carnal é raspada como a segunda pele de uma cobra, ao deixarmos a vida de Deus brotar, brotar, brotar de dentro – o depósito que garante nossa herança.
Então a justiça é feita no sentido de que a penalidade do pecado foi totalmente demolida e definitivamente cumprida – temos fé em Jesus ser isso por nós. Não apenas isso, mas também cremos que a própria Vida que Jesus teve com o Pai e que Adão teve com o Pai antes de o pecado vir ao mundo pode ser restaurada para nós com medida cada vez maior de glória em glória. Comunhão com Deus e comer da Árvore da Vida – isso é também o que Paulo está falando no capítulo 6! Essa coisa magnífica e inacreditável está acontecendo… não só a justiça está sendo cumprida, mas muito mais do que isso, a história está se revertendo e voltando atrás – e agora, “quanto mais”? Se o pecado veio através de um homem, Adão... quanto mais a Vida da Ressurreição vem através de um só homem, Jesus Cristo, para todos os que creem? “Que Cristo habite no coração de vocês mediante a fé,” por crer (Ef 3:17). “Esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé.” (1 João 5)
Creia que o que Deus disse é verdade... o mesmo Deus que disse: “Haja luz. Das trevas resplandeça a luz.” Por CRER em Sua Palavra, um milagre tão magnífico como a luz brilhar em um caos total que pairava na escuridão – todas as luzes do céu e da terra vindo à existência a partir do nada – um milagre tão grande quanto esse está acontecendo dentro de nós. Estamos “nos tornando morada de Deus por seu Espírito”. “Sendo transformados pela renovação da sua mente.” Não estamos apenas sendo salvos, estamos sendo atraídos para “nos tornarmos parecidos com Jesus” (Romanos 8), “à medida da estatura completa de Cristo” (Efésios 4). Você tem que crer nisso para assegurar isso para a sua vida.
“Considerem-se mortos para o pecado.” Por quê? Porque Jesus morreu! Ele venceu o poder do pecado e da morte e Ele ressuscitou e está assentado à direita do Pai. Quebre tudo que prende você, todos os seus sentimentos sobre seu passado e todas suas supostas fraquezas. Deixe Jesus não só ser o padrão para a medida de salvação, mas deixe a Vida Dele ser o único teto que você aceita para si mesmo. Você está comigo? Jesus deve ser seu único teto se você quiser garantir não apenas a salvação, mas uma Vida Nele – uma vida abundante que “excede todo o entendimento,” “o poder de uma vida indestrutível” no homem interior. Essa Vida é nossa para assegurarmos e vivermos de maneira real! Ser verdadeiramente a Noiva de Cristo, que é um jugo igual para Jesus. Não queremos ser um lamentável “competidor coadjuvante” que apenas sobrevive até que Ele volte – defendendo nosso pequeno pedaço com algum tipo de teoria sobre a volta de Jesus. Isso seria só verdade “posicional”, ao contrário de profunda FÉ na Obra de Deus que transforma nossas vidas pessoais.
A menos que creia, você não vai encontrar a Glória de Deus nesta vida. Você DEVE crer que o único teto em sua vida é a Pessoa, o Caráter e a Plenitude da estatura de Jesus Cristo. Nada mais é aceitável para você – almeje a perfeição! Nada mais é tolerável em sua vida, ou na vida de qualquer outro. Você ama outros demais para deixar que se contentem com menos do que o Padrão da Vida de Jesus Cristo.
Você obtém o que você crê!
Porque Jesus veio? Foi apenas para propiciação? Foi apenas para que pudéssemos ser perdoados de nossos pecados? Se esse fosse o caso, Ele poderia ter resolvido isso de várias maneiras, e com muito menos dor e problemas! Ele até poderia ter cuidado disso como uma criança se Ele quisesse. Obviamente Ele tinha algo mais que estava procurando.
Ele passou três anos e meio, como um homem, com tentações como as nossas, para que Ele pudesse demonstrar como a Vida poderia ser. Ele nos mostrou o Poder da Vida da Ressurreição de um homem em total comunhão com o Pai. Nascido de uma mãe humana, Ele foi um homem com fraquezas como as nossas (Hebreus 2-5). Ele se tornou um homem como nós, para nos mostrar como podemos ser como o Pai em nosso caráter, em nossa caminhada e em nossa comunhão. Nossa vida com o Pai pode ser exatamente como a Dele, onde não somos mais limitados à visão do olho e à audição do ouvido. Você tem que crer nisso, do coração!
Crer em algo menor é chamar Deus de mentiroso, dizer que os três anos e meio da vida de Jesus são uma farsa e negar o que as Escrituras dizem, de novo e de novo. Deus quer manifestar a Vida Dele na prática e na realidade novamente em Seu Corpo, em Seu Povo, em realidade perceptível, palpável e tangível. Realidade onde mãos podem tocar, olhos podem ver e ouvidos podem ouvir a própria Vida de Deus no planeta terra. Mas por que Ele faria isso para pessoas que estão chamando-O de mentiroso o tempo todo??? Nós falhamos e então erroneamente assumimos que é o limite que podemos atingir. Nós estamos chamando Deus de mentiroso! Nós nos olhamos no espelho e vemos certas falhas de caráter, e assumimos: “Isso é apenas quem eu sou e isso é tudo que eu sempre vou ser, mas Deus abençoe todos os outros. Eu sei que eles conseguem fazer isso! Blá, blá, blá! Mas quanto a mim, eu sou apenas um pecador salvo pela graça, estou fazendo o meu melhor. Por favor salve minha alma no último dia, oh Deus.” Esse tipo de atitude patética vai deixá-lo de fora das riquezas da herança de Cristo – a plena estatura de Jesus que Deus quer para você pessoalmente.
Se você chamar Deus de mentiroso e aceitar qualquer teto inferior à pessoa de Jesus Cristo em comunhão com seu Pai, então você vai obter EXATAMENTE o que você crê. Com fraquezas como as nossas, Jesus viveu a vontade de Deus em Seu coração e vida, em carne e osso, e se você aceitar um padrão mais baixo para si mesmo, pessoalmente, você vai obter exatamente o que você crê. Essa é a natureza da fé. Você obtém o que você crê. O que você estiver disposto a aceitar em seu coração é o que você obtém. Essa é a única razão de algumas pessoas superarem outras nesta vida, em maturidade espiritual. Alguns parecem superar outros, mas é só carne e não se sustenta. Outros genuinamente superam todos os seus semelhantes. Paulo descreveu alguns como “Vocês, que são espirituais, deverão restaurá-lo…” E a outros ele disse “Eu não posso chamá-los de espirituais, vocês são meras crianças…”. Mas não é por causa de algum propósito predestinado de Deus que uma pessoa será sempre fraca e outra pessoa será forte. Não é assim. Somos limitados apenas por quanto nós cremos em Deus. Não há dúvida sobre isso! Não somos limitados pelos nossos talentos, nossa força de vontade, nossa aparência ou nossa eloquência. Nós somos apenas limitados pelo quanto cremos em Deus, e só. Isso é realmente uma Boa Notícia! Significa que as únicas limitações que tenho são o poder de Deus e minha disposição de crer no que Ele disse.
Deus disse: “Que a luz brilhe na escuridão.”
E você diz: “É isso mesmo, eu posso crer nisso. Isso é fácil.”
Será? Não tenha tanta certeza! Se você estivesse lá naquele mundo muito escuro no início do tempo, talvez você tivesse dificuldade em crer nisso! “Que a luz brilhe na... Ei! O que é luz, ao final das contas? Eu nem mesmo sei o que é luz. Não sei se creio nisso ou não. Talvez essas palavras signifiquem outras coisas. Vamos ver as referências e estudar isso no Grego. Eu nunca vi nem experimentei a luz, então não tenho certeza de que ela poderia significar isso, porque não sei o que isso é.” E assim nós nos colocamos em um buraco com nossas adivinhações, desconfianças e racionalizações.
Deus falou… “Que a luz brilhe na escuridão,” e – BOOM – houve luz! Se você consegue crer nisso, então diante de Jesus Cristo também é possível crer que Ele pode transformar o seu caráter “com glória cada vez maior”! Ao contemplá-Lo, Ele pode transformá-lo “à medida da estatura completa de Cristo”. Você, pessoalmente, é limitado apenas pelo quanto você crê em Deus e pelo quanto você está disposto a submeter o seu coração a Ele com total confiança de que o que Ele disse é verdade. E agora não é a força de vontade, não é talento e não é eloquência – não é nada a não ser crer em Deus.
“Mas deve ser mais do que isso!”
Esse é exatamente o tipo de pensamento que coloca as pessoas em apuros! Faz com que alguns na periferia da cristandade imaginem que são salvos porque “vão à igreja”. E outros, embora salvos, mal “escapam através do fogo” porque construíram com madeira, feno e palha. Eles limitam o que Deus poderia ter feito em suas vidas por não permanecerem Nele – por não estarem saturados em Sua vida, confiando totalmente em Seu caráter e crendo em Sua vontade e Seu coração para eles. Quaisquer limitações na sua vida são apenas limitações na sua fé – sua disposição de crer em Deus. Ele deseja o TODO para você. Você só precisa crer Nele com todo o seu coração e continuar perguntando a Ele sobre isso. Continue conversando com Ele, continue contemplando-O
“Considerem-se mortos para o pecado, mas vivos para Deus… não ofereçam os membros do corpo de vocês como instrumentos de injustiça.” Você não precisa mais fazer isso. É nisso que Paulo estava chegando no capítulo 6. Jesus não só traz liberdade da penalidade do pecado, mas Ele também restaura a comunhão com o Pai! Ele traz o poder sobre o pecado e a morte, não apenas na era vindoura, mas na era presente.
Você não é mais um escravo, então o pecado NÃO tem controle sobre você. Sua língua não precisa correr solta, suas atitudes não precisam disparar sempre que ocorrer algo inconveniente. Essas coisas não precisam acontecer mais. E se acontecerem, então volte-se para Deus… “Deus, aconteceu de novo, mas eu creio em Você que não precisava acontecer. Mostre-me a saída. Você prometeu uma saída, então eu sei que tinha uma saída. Qual era? Deus, dê-me a graça de escolher essa saída da próxima vez. Agora, eu me humilho diante de Você. Sinto muito pelo que fiz e vou me desculpar com as pessoas que feri, e juntos na fé vamos crer em Deus de agora em diante.” Nós confiamos Nele juntos – isso é algo feito juntos! “Edificarei a minha igreja, e as portas do Hades não poderão vencê-la.” Juntos como Sua Noiva, cremos, um pelo outro, que todas as leis do pecado e da morte foram vencidas na pessoa de Jesus Cristo.
Jesus, o Cordeiro!! Morto desde a fundação do mundo. Ressuscitado em Glória. Assentado à Direta de Deus. Vindo novamente!! Foi completamente satisfeito e cumprido. Não há teto agora para a Noiva de Cristo e como ela pode mostrar-se quando Jesus voltar para ela – a Noiva que “se aprontou”. E isso é nossa prontidão, nossa FÉ! “Será que encontrarei fé na terra quando voltar?” Bem, Ele não vai voltar para uma Noiva se não encontrar! Ele ENCONTRARÁ fé. É um desafio! É duro. Mas Deus quer nos transformar e nos ensinar e nos trazer o dom da fé – a medida da fé que Deus concedeu a cada um de nós (Romanos 12). Deus está totalmente envolvido em levar o Seu povo, não só à salvação, mas à Glória. Isso é da conta Dele, e Ele deseja isso com todo o Seu coração. Precisamos ser perceptíveis e rendidos e ter fome disso… mas, glória a Deus, Ele vai fazer isso! Ele fará isso.
Você deve morrer
“Meus irmãos, falo a vocês como a pessoas que conhecem a lei. Acaso vocês não sabem que a lei tem autoridade sobre alguém apenas enquanto ele vive? Por exemplo, pela lei a mulher casada está ligada a seu marido enquanto ele estiver vivo; mas, se o marido morrer, ela estará livre da lei do casamento. Por isso, se ela se casar com outro homem enquanto seu marido ainda estiver vivo, será considerada adúltera. Mas se o marido morrer, ela estará livre daquela lei, e mesmo que venha a se casar com outro homem, não será adúltera. Assim, meus irmãos, vocês também morreram para a Lei, por meio do corpo de Cristo, para pertencerem a outro, àquele que ressuscitou dos mortos, a fim de que venhamos a dar fruto para Deus.” (Romanos 7:1-4)
Se você não ler cuidadosamente, pode ter a ideia de que Paulo salta de Romanos 6 para um assunto totalmente diferente no capítulo 7. Você pode pensar que ele está falando agora de casamento, morte e novo casamento. Mas tenha em mente que não havia quebras de capítulo em sua carta com os numerozinhos entre cada uma das frases. No fundo de seu coração, Paulo ainda está falando da mesma coisa que estava no capítulo 6 – “morto para o pecado, mas vivo para Deus em Jesus Cristo!” Lembre-se, Paulo estava falando com homens cristãos com uma herança judaica, que estavam familiarizados com “a Lei”. Então no capítulo 7, ele usa uma ilustração que sabia que poderiam entender, a “lei” do casamento.
Ele está dizendo que é exatamente como aconteceu com o corpo do pecado em suas vidas e Jesus! “...morreram para a Lei, por meio do corpo de Cristo, para pertencerem a outro, Àquele que ressuscitou dos mortos, a fim de que venhamos a dar fruto para Deus.” No contexto da analogia do casamento que Paulo está dando, esta pequena expressão: “que venhamos a dar fruto para Deus,” está falando de “ter bebês”.
Você está disposto a morrer para a lei? Você está disposto a deixar de se esforçar para agradar a Deus pelas coisas que faz para se justificar de alguma maneira diante Dele? Se tentar viver dessa maneira, você está sob uma maldição. Não há esperança para você enquanto está tentando alcançar Deus por meio de suas próprias boas obras, sua luta, sua força de vontade, sua própria santidade pessoal e todo o seu sacrifício pessoal – você, você, você – as inúmeras boas ações que você faz por tantas pessoas. Sabe o que Paulo diz sobre tudo isso? Ele diz: “E DAÍ?!” Ninguém jamais alcançou Deus desse jeito e ninguém nunca alcançará.
Se você for uma pessoa honesta e souber o que Deus requer de você, para cada “coisa boa” que já fez, você sabe que há dez coisas em que foi um completo fracasso. Paulo está dizendo que, enquanto você tentar se aproximar de Deus por meio da força de vontade e do esforço, de maneira alguma poderá se casar com Jesus. É impossível! Você não pode ter Jesus se estiver tão empenhado em tentar agradar a Deus por meio do esforço. A única coisa que você vai conseguir é deixar a si mesmo e todos ao seu redor miseráveis com todas essas idas e vindas, de um lado para o outro, esse tipo de coisa de “tentar-com-muito-esforço” que acontece com milhões de pessoas que “conhecem a lei”. Enquanto tentar se aproximar de Deus nesses termos, será miserável e impotente… e NUNCA encontrará Jesus.
Você tem que MORRER para essa tentativa de agradar a Deus por qualquer outro meio que não seja Jesus. Precisa estar morto para a crença de qualquer coisa sobre si mesmo, seja muito ou pouco, que não seja o que Deus pensa sobre você. Precisa estar morto para todos os seus laços com a religião, autojustificação, luta e todo o seu medo sobre quão faaaalho você é. Você não é pior do que Deus diz que você é, e você não é melhor do que Deus diz que você é. Se pensa que é alguma coisa, você, “ainda que esteja vivo, está morto”. Por outro lado, se você acha que é uma bagunça terrível e trágica, mas não é capaz de se voltar para Jesus e encontrá-Lo apesar disso, então a incredulidade em sua vida resultará em tragédia para você. Porque, se não crê que “das trevas resplandeça a luz,” então terá exatamente o que você pede: escuridão sua vida inteira.
Creia no que Deus diz, que todos os que vêm a Ele através da FÉ em Seu Filho nunca serão envergonhados. “A obra de Deus é esta: crer naquele que Ele enviou.” Se você crer com todo seu coração, então encontrará o desenvolvimento do poder de Deus no Viver da Ressureição nesta era presente. Essa é a promessa de Deus para cada um de nós – a estatura de Cristo em medida cada vez maior de glória em glória.
“Vocês morreram para a Lei, por meio do corpo de Cristo,” Paulo disse. Em 1 Coríntios 15 ele diz: “A força do pecado é a Lei”. Entender que todas as “coisas certas a fazer” é na verdade o que dá poder ao pecado. Essa não é a nossa salvação! A lei é o que nos torna conscientes do pecado, e ser conscientes do pecado é o que nos faz conscientes de nossa pobreza. E quando estamos conscientes da nossa pobreza: “felizes os pobres em espírito, pois deles é o Reino dos céus.” Começamos no ponto zero sem reivindicações nossas. Nenhuma. Nem sequer um pensamento de ser algo grande ou especial… não nos comparando com os outros nem com o que éramos antes. Nada dessas coisas. Sabemos como somos totalmente inúteis. Entendemos e cremos completamente, de coração, com cada fibra do nosso ser que estamos muito, muito, muito afundados no pecado (Rm 3:12). E crendo em quão verdadeiro é isso… nós também cremos que “o Cordeiro de Deus veio ao mundo para salvar pecadores, dos quais sou o pior”. Nós cremos com todo o nosso coração que “o Pai ama o Filho” e, porque estou revestido com Ele, o Pai me ama! Sem perguntas. Isso em si é o que permite a Deus não só salvar nossas almas, mas também nos transformar na imagem e na semelhança e na personalidade de Jesus.
O novo modo do Espírito
“Assim, meus irmãos, vocês também morreram para a Lei, por meio do corpo de Cristo, para pertencerem a outro, àquele que ressuscitou dos mortos, a fim de que venhamos a dar fruto para Deus.” Ahhhhh! Nós podemos agora pertencer a Outro. Já não devemos permanecer casados com nós mesmos – nossa própria vida, nosso amor próprio, nossa autojustificativa, nossas boas ações e nossas comparações com os outros. Estivemos casados com essa vida miserável desde que Adão foi compelido a sair do Jardim. Mas se morrermos para tudo isso, então, de acordo com a lei, estamos livres para nos casar com Outro – mas nem um instante antes de morrermos! Este é o ponto que Paulo está levantando. Você não pode se casar com Jesus antes de morrer para o casamento anterior. Você não pode ter os dois. Você não pode ter Jesus e pertencer a Ele e “dar frutos para Deus” (trazer muitos filhos à glória, do próprio ventre de Deus, pois você está em união com Ele) e ao mesmo tempo estar sob essas lutas e incredulidade. Não tem como acontecer porque os dois são incompatíveis. Paulo está dizendo: “Ei pessoal, este é um exemplo com o qual você deve ser capaz de se identificar.” A lei diz claramente: você não pode se casar com outro até que o primeiro MORRA. Não há esperança se você for viver por qualquer autojustificativa ou empenho. Se realmente quer pertencer a Outro e dar fruto para Deus, isto é, ter descendência divina para Deus, então você tem que morrer para a incredulidade e autojustificativa em sua vida.
“Pois quando éramos controlados pela carne, as paixões pecaminosas despertadas pela Lei atuavam em nosso corpo, de forma que dávamos fruto para a morte. Mas agora, morrendo para aquilo que antes nos prendia, fomos libertados da Lei, para que sirvamos conforme o novo modo do Espírito, e não segundo a velha forma da Lei escrita.” (Rm 7:5,6) AGORA, vivemos nossas vidas pelo novo modo do Espírito – da mesma forma que Jesus. Ele não viveu pela antiga lei escrita, e Ele confundiu muitas pessoas por causa disso. Colher grãos no sábado. Curar no sábado. O que Ele estava fazendo? Ele nem mesmo lavou as mãos antes das refeições! Todas essas coisas sobre o Senhor do Sábado que constantemente confundiam aqueles que tentaram viver pela Lei escrita. Mas Jesus estava acima de todas aquelas coisas… Ele era o cumprimento. Não foi que Ele desobedeceu a lei, de modo nenhum! Ele a abrangeu tão plenamente que as mentes deles tão finitas não puderam compreender.
Deus não quer que fiquemos sujeitos ao que nós pensamos que Ele quer e pelas nossas percepções dessa lei e daquela lei. “Fazer isso deixa Deus feliz,” e “Fazer aquilo deixa Deus triste”. Isso é ridículo. Não precisamos viver mais dessa maneira! Quando Jesus viu Seus amados irmãos colhendo grãos no sábado, Ele não entrou em pânico porque olhou para Seu Pai. Os fariseus olharam para a lei e disseram: “Aha! Você está quebrando a lei. Você está colhendo no Sábado!” Mas Jesus olhou para Seu Pai. Ele serviu a Deus no novo modo de ter comunhão com Seu Pai e, portanto, Ele podia compreender a lei escrita de maneira que os fariseus não puderam. Os fariseus estavam confiando em suas mentes e percepções da aliança da lei escrita. Eles estavam limitados a isso porque não foram, através da lei escrita, para o Pai que escreveu a lei, para compreender Seu coração e mente. Então, Jesus lembrou-lhes: “Houve um tempo em que Davi fez coisas que todos vocês considerariam ilegais, e Deus sorriu! Lembra de quando ele e os seus homens entraram na casa de Deus e comeram o pão consagrado que só os sacerdotes podiam comer? Vocês se lembram disso?” E os fariseus ficaram coçando a cabeça. “O que está acontecendo aqui? Sim, eu me lembro disso, mas eu nunca pensei nisso dessa maneira.” Ele fritou as mentes deles, porque eles estavam se aproximando de Deus com base em algum padrão de pensamento finito sobre escrituras e leis.
Deus quer que venhamos a Ele da mesma maneira que Seu Filho Jesus fez. Ele quer que comamos da Árvore da Vida e não da árvore do conhecimento do bem e do mal. E agora, vivendo por meio dessa comunhão com Deus, podemos servir no novo modo do Espírito, em vez da velha forma da lei escrita. Não é que rejeitamos cada letra e traço da lei, mas cumprimos a lei por meio da comunhão com Deus. Hebreus 10 diz que a lei escrita é uma sombra de Deus, mas não é a realidade de Deus. Não é que a lei escrita representa mal a Deus; é simplesmente uma sombra. Você precisa entender isso a respeito das Escrituras, embora não as minimize em nada. Como Jesus disse: “Vocês estudam cuidadosamente as Escrituras, porque pensam que nelas vocês têm a vida eterna… contudo, vocês não querem vir a mim” de quem fala as Escrituras (João 5:39-40). As Escrituras são destinadas a nos levar da sombra para a realidade!
Você vê a mesma coisa em Colossenses. Paulo fala sobre como os homens tentaram no passado aproximar-se de Deus com bases externas. Eles estavam sempre tentando fazer as coisas certas e evitar as coisas erradas através da lei, das festas, dos Sábados. Agora, essas eram as coisas sobre as quais Deus tinha claramente escrito e mesmo ordenado, mas Paulo disse: “É maior do que isso. Vá através da sombra e encontre a realidade que está em Jesus Cristo” (Col. 2). E conforme você encontrar Deus e ter comunhão com Ele, e conforme você amar, você cumprirá a lei. “A lei escrita, com seus regulamentos” não vai mais matar você. Você não terá a carne levantando-se contra você quando estiver apaixonado pelo Pai. A lei em si é destinada a nos tornar conscientes do pecado e em Gálatas é chamada de “tutor”. É um professor que nos conduz a Cristo ao percebermos nossa incapacidade de obedecer até o pouco do que entendemos sobre as exigências que Deus quer de nós. Tudo isso tem a intenção de nos levar ao “novo e vivo caminho”. Era o que Adão tinha com o Pai até que fez de si mesmo um deus, entregando a sua carne à “cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a ostentação dos bens”.
Nós chegamos a Ele em um novo e vivo caminho! Esse é o coração de Deus! Então o poder Dele é liberado em nossos corações para que possamos nos considerar mortos para o pecado. Não mais em cativeiro, não mais escravos da maldade com os membros do nosso corpo. Em vez disso, podemos agora ser escravos condescendentes de Deus, de coração, porque estamos apaixonados por Ele. Toda a natureza da Nova Aliança é tão radicalmente diferente! Não é apenas que algumas novas leis e novas tradições foram adicionadas. Não! Tudo é radicalmente diferente no sentido de que agora podemos nos aproximar do Pai da mesma maneira que Jesus fez porque agora estamos NO Filho. De que outra forma podemos nos aproximar do Pai? “Nossa vida está escondida com Cristo em Deus” – de que outra forma nos aproximaríamos do Pai? Se você vive do modo antigo, você não pode pertencer ao Novo Homem. Você não pode pertencer ao Segundo Adão enquanto estiver vivendo sob a maldição do primeiro Adão, aproximando-se de Deus por meio da sua cabeça, pelas suas obras e pelos seus julgamentos.
A Lei não é o problema
“Que diremos então? A Lei é pecado? De maneira nenhuma! De fato, eu não saberia o que é pecado, a não ser por meio da Lei. Pois, na realidade, eu não saberia o que é cobiça, se a Lei não dissesse: ‘Não cobiçarás’. Mas o pecado, aproveitando a oportunidade dada pelo mandamento, produziu em mim todo tipo de desejo cobiçoso. Pois, sem a Lei, o pecado está morto. Antes eu vivia sem a Lei, mas quando o mandamento veio, o pecado reviveu, e eu morri.” (Rm 7:7-9)
Já reparou que se você se aproximar de Deus de alguma forma que não seja pela fé, quanto mais você sabe, mais miserável você é? É verdade! “Antes eu vivia sem a Lei, mas quando o mandamento veio – quando passei a entender o que Deus exigia de mim – a morte reinou em meu corpo mortal.” Paulo descreve em detalhes a tortura do que é “saber” o que Deus quer, e ao mesmo tempo tentar alcançá-lo por nossas mentes, nossa força de vontade, por nossa autojustificativa ou por nos comparar aos outros. É miserável viver dessa maneira, em vez de viver no Espírito, em humilhação total diante de Deus, submetendo-nos a Seu Espírito e se casando com Jesus.
Ele diz: “Descobri que o próprio mandamento, destinado a produzir vida, na verdade produziu morte. Pois o pecado, aproveitando a oportunidade dada pelo mandamento, enganou-me e por meio do mandamento me matou.” (Rm 7:10-11) Em outras palavras, eu pensei que poderia alcançar Deus guardando as leis Dele. “Aha! Agora eu sei a vontade de Deus, vou simplesmente fazer isso, e viver.” Mas eu fui enganado por isso. Descobri que minha carne é mais fraca do que jamais imaginei. Minha capacidade de alcançar a Deus é muito menor do que eu jamais sonhara. Eu pensei que só precisava saber um pouco mais e fazer um pouco mais e tudo ficaria bem. Só que não foi nada assim! Isso me enganou e trouxe a morte para mim. Quanto mais eu sabia sobre o que Deus exigia de mim, mais eu percebi o quanto estava empobrecido.
A lei foi dada para nos tornar “conscientes do pecado” (Rm 3:20)… não para nos justificar diante de Deus! A lei veio para nos fazer perceber o quão incrivelmente fraca nossa carne é e para colocar um foco sobre o pecado. Ela veio para nos fazer ver quão deploráveis somos em nós mesmos, para que possamos finalmente cair sobre a Rocha. Então Ele pode nos abençoar, livrando-nos da nossa maldade (Atos 3:26). Ele anseia por nos conduzir ao arrependimento por Sua bondade – não por nossa vontade própria ou nossa autojustiça, mas por Sua bondade. Ele graciosamente nos conduz com cordas de amor para o coração e a vontade Dele e para um caso de amor surpreendente com Ele. Todo o resto se afasta, não por nossa vontade própria, mas por apenas humildemente amar Ele. Nós nos saturamos com Seu amor, e Seu perfeito amor expulsa nosso medo. Seu amor elimina nosso apetite por tentar encontrar outra maneira de nos satisfazer que não seja Ele (que de qualquer forma só acumula condenação em nossos corações).
Fomos criados por Deus para encontrar satisfação somente Nele. E nós todos temos que aprender do jeito difícil. Ser criado à Sua imagem é uma tremenda bênção, mas em um sentido é também uma tremenda maldição! Por sermos criados à Sua imagem, temos esse impulso de pensar que podemos de alguma forma, de algum jeito, justificar a nós mesmos. Nos justificamos com: “Eu sou melhor do que eles” ou “Pelo menos sou melhor do que costumava ser”. Ou somos ignorantes o suficiente sobre a vontade de Deus que pensamos que cumprimos uma margem tolerável – pensamos que estamos justificados! Então Deus nos enganou. Ele tinha que nos mostrar quão longe realmente estávamos e quão totalmente desamparados e sem esperança somos – “Sem Mim vocês não podem fazer nada”. Quanto mais cedo compreendermos isso, mais cedo nós encontraremos Sua Vida fluindo através de nós. Enquanto você persiste em ter o outro, você não pode ter Jesus – essa é a primeira parte de Romanos 7. Se você continua a lutar, se justificar, comparar, julgar, estufar o peito e caminhar em todas essas coisas, então você não pode ter Ele. Paulo disse: “Você sabe o bastante sobre a Lei de Moisés e deveria saber disso.” Você NÃO PODE ter o novo e vivo caminho enquanto se segura tenazmente ao velho caminho.
“De fato a Lei é santa, e o mandamento é santo, justo e bom.” (Rm 7:12) Não culpe a lei, a lei está CORRETA! Então não pense: “Qual é o problema? Não tenho que guardar esses mandamentos porque estou na Nova aliança.” Se pensar dessa maneira, você está perdendo a oportunidade. Você precisa crer em quão precisamente verdadeiras e justas são as exigências de Deus, e quão incrivelmente correto Ele está em dizer que você merece a morte. Cada coisa que Ele disse deve ser cumprida por você. Você precisa entender isso! E não se persuada sutilmente racionalizando: “Não tenho que fazer isso, não é importante”. Ou: “Bem, sou melhor do que costumava ser. E eu sou melhor do que João ou Fred ou Sandra.” Enquanto você racionalizar a vontade de Deus para sua vida – a santidade, justiça e qualidade irrepreensível Dele – e dizer: “Bem, eu não tenho que fazer isso”, você nunca encontrará o poder de Deus em sua vida. Os mandamentos Dele são sagrados, justos e verdadeiros e devemos guardá-los. Não há dúvida sobre isso. Caso contrário, certamente morreremos!
Violar mesmo o menor mandamento nos torna culpados de violar TODA a lei. No instante em que dizemos uma pequena mentira ou não contamos toda a verdade quando alguém nos faz uma pergunta, ou quando temos uma atitude no trabalho contra o nosso chefe, somos tão culpados quanto Hitler ou o Estrangulador de Boston. Na verdade, somos piores do que eles, no sentido que nós provavelmente sabemos mais! Paulo disse “Não fique com a ideia errada sobre a lei quando digo que ela me faz consciente do pecado e faz o pecado se erguer em meu coração e me acusa ainda mais. Não fique com a ideia errada de que o problema está com a lei. A lei de Deus é correta. O problema está com você!” E você nunca encontrará Deus enquanto continuar a se aproximar Dele com seus próprios méritos. Não pode ser feito.
Extremamente pecaminoso... Extremamente miserável
“E então, o que é bom se tornou em morte para mim? De maneira nenhuma! Mas, para que o pecado se mostrasse como pecado, ele produziu morte em mim por meio do que era bom, de modo que por meio do mandamento ele se mostrasse extremamente pecaminoso.” (Rm 7:13)
Precisamos ver nossa completa pecaminosidade. “Bem-aventurados os pobres em espírito, pois deles é o Reino dos céus.” Se você consegue falar bruscamente com seu marido, esposa, filho, colega de quarto ou colega de trabalho e não se sentir extremamente pecaminoso, você está se enganando porque não entende a justiça de Deus. Se você consegue virar as costas sem uma consciência pesada sobre o que disse, então você não entende o que Deus exige de você!
“Sabemos que a Lei é espiritual; eu, contudo, não o sou, pois fui vendido como escravo ao pecado. Não entendo o que faço. Pois não faço o que desejo, mas o que odeio. E, se faço o que não desejo, admito que a Lei é boa. Neste caso, não sou mais eu quem o faz, mas o pecado que habita em mim. Sei que nada de bom habita em mim, isto é, em minha carne. Porque tenho o desejo de fazer o que é bom, mas não consigo realizá-lo. Pois o que faço não é o bem que desejo, mas o mal que não quero fazer, esse eu continuo fazendo. Ora, se faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, mas o pecado que habita em mim.” (Rm 7:14-20) Entenda o que Paulo está dizendo aqui... “Enquanto viver nesse velho relacionamento de tentar me aproximar de Deus pelas coisas boas que faço, serei sempre um escravo.”
Algumas pessoas dizem que Paulo deve estar escrevendo sobre o tempo antes de ele se tornar um Cristão, porque está dizendo que peca toda hora. Caso contrário, ele não poderia dizer para os tessalonicenses: “Veja quão santo, justo e irrepreensível fui quando estava entre vocês.” Ele estaria se contradizendo, não é verdade? Como ele poderia estar pecando toda hora e ser “irrepreensível” ao mesmo tempo? Ele deve estar se referindo ao tempo antes de ser um Cristão. Outros dizem: “Bem, Paulo era um pecador assim como o resto de nós, então porque nós deveríamos nos importar em sermos santos quando vemos aqui esse grande homem de Deus pecando como louco, de acordo com seu próprio testemunho? Até Paulo pecava, então tudo bem eu pecar também.” Se você adotar qualquer uma dessas linhas, está perdendo o ponto principal. Paulo está descrevendo a natureza de tentar viver pela lei. Se tentarmos nos justificar, viveremos nessa terrível escravidão de sermos conscientes de quão inteiramente pecaminosos somos, fracassando de novo e de novo, e sendo inteiramente miseráveis.
Se estiver experimentando uma vida que é obviamente contra a vontade de Deus, em suas atitudes e prioridades, na forma que gasta seu tempo e dinheiro, na forma que trata as outras pessoas e na falta de testemunho de Deus no ambiente de trabalho, se você for somente alguém do tipo “Zé Mané que faz o que quer”, amodelado aos padrões do mundo, então não entende a Justiça de Deus e está barateando a Santidade de Jesus. De fato, as Escrituras dizem que você está “pisando aos pés o Sangue de Cristo”. Essa é uma acusação muito séria que Deus tem contra você. “Se continuarmos a pecar deliberadamente depois que recebemos o conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados, mas tão-somente uma terrível expectativa de juízo e de fogo intenso que consumirá os inimigos de Deus.” (Hb 10:26,27) Esse é o grau de quão sério é se você continuar a pecar deliberadamente.
De fato, se você consegue continuar a pecar sem consciência, há pouca chance de você ser um Cristão. A natureza do Espírito dado a nós é que Ele nos torna conscientes do pecado e da justiça e do julgamento que virá. Ele ensina à nossa consciência os caminhos de Jesus e testifica sobre a santidade e a vida de Jesus. Então, se você não tem nenhuma consciência vez após vez após vez sobre coisas que são completamente diferentes do caráter de Jesus, há uma grande probabilidade de que você nunca nasceu uma segunda vez. A carta de 1 João foi escrita por volta de 95 DC para a segunda e terceira gerações de Cristãos, com muitas provas para que pudessem ver se realmente eram filhos de Deus, nascidos uma segunda vez do próprio ventre de Deus, não só vivendo pela fé de seus pais. Uma das provas da semente de Deus vivendo verdadeiramente dentro de você é que você não consegue continuar a pecar deliberadamente, porque o Filho de Deus foi manifesto para destruir as obras do diabo (1 João 3:8,9). Se não é grande coisa para você viver em pecado dia após dia após dia... se você consegue viver no pecado sem uma consciência e sem poder sobre o pecado, você nem é um filho de Deus, diz João.
Então... voltando para o que Paulo está falando em Romanos 7... Ele não está falando sobre um descrente sem nenhuma consciência para o pecado. Ele está falando de um homem que TEM uma consciência sobre o pecado. “O que eu faço eu odeio.” Ele despreza aquilo! O que ele quer fazer, ele não consegue fazer. Mas ele continua caindo naquilo que ele não quer fazer. Paulo não está descrevendo um descrente que está sem o Espírito. Ele está falando de um filho de Deus, mas que não está vivendo pela fé. Paulo está descrevendo um homem que está vivendo por autojustificativa e pela carne, e que está “tentando chegar a seu objetivo por mero esforço humano”. “Depois de começar no Espírito”, esse homem está agora tentando se justificar e tentando realizar os propósitos pela carne em vez de pelo novo e vivo caminho do Espírito. Ele está se aproximando de Deus como Adão faria, pela árvore do conhecimento do bem e do mal – “Isso é bom. Isso é mau.” É se aproximar a Deus de outra forma, que não seja fé no Filho de Deus. Fé verdadeira significa que você está morrendo para o mundo e o mundo para você, sem consideração a coisas externas ou medo dos homens ou medo de falhar. Fé é viver sua vida completamente em Cristo. É crer que o Deus que disse: “Das trevas resplandeça luz” é capaz de fazer a Glória de Deus resplandecer em sua vida em medida cada vez maior, através da face de Jesus Cristo conforme você contemplar Ele. O desejo do coração de Deus é transformar você na imagem do Filho Dele com glória cada vez maior. Essa é a vontade Dele! Esse é o propósito manifesto Dele. É todo o coração e o propósito Dele para o planeta terra, que os filhos de Deus sejam manifestos (Romanos 8), uma raça de pessoas que crerão Naquele que Ele enviou. E eles creriam Nele não somente para a salvação, mas também para demolir as fortalezas de pecado em suas vidas e nas vidas dos seus irmãos e irmãs. Essa é a vontade de Deus para você.
Sature sua vida no Filho
Se você está apresentando todos estes sintomas... miséria – dor – angústia – então há um problema! Não se contente com isso! O que você quer fazer, não consegue fazer, e o que você não deve fazer, você faz. Se há toda essa agonia e falha e assim por diante... Paulo diz que a questão real é esta: você ainda não morreu para seu primeiro amor, que é justificar a si mesmo. Enquanto ainda estiver vivendo na carne, não pode se casar com Jesus. Você não consegue viver no novo e vivo caminho, o modo de vida do Segundo Adão, que Ele tinha com o Pai. “...se aproxima o príncipe deste mundo e nada tem em mim.” Você não consegue viver dessa maneira enquanto tenta se justificar fora da completa e saturada fé no Filho de Deus. Completa e saturada fé em Jesus, nada mais – esse é o poder de Deus para a salvação. São as Boas Novas de Jesus Cristo que nós cremos do coração. O Primeiro e o Último, o Alfa e o Ômega, o tudo de Deus, o alfabeto inteiro de Deus está em Jesus! “O espírito de profecia é o testemunho de Jesus.” Jesus, alto e exaltado! “A glória de Deus na face de Jesus Cristo.” Totalmente saturado Nele, crendo Nele para cada respiração. “Sem Ele você não pode fazer coisa alguma.” “Se você permanecer em Mim, e deixar a Minha palavra permanecer em você, dará muito fruto, mostrando que são sobrenaturais ao mundo como eu fui.” Não há outro caminho! Esse é o desejo do coração de Deus para cada um de nós!
Depois de “começar no Espírito”, poderá seguir e viver em miséria se quiser, vivendo “por mero esforço humano” por sua carne e pela lei. Poderá ainda ser “salvo”... Mas o que DEUS quer, como Paulo disse... “Estou sofrendo dores de parto, até que Cristo seja formado em vocês” – ESSE é o coração de Deus para você! O Ungido de Deus pode ser formado em você até a “maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo”. Se você vê “sintomas” de falha perpétua em sua vida, então ainda não está vivendo pela fé no Filho de Deus, o qual ama você e Se entregou por você. Você ainda está vivendo em outro mundo. Depois de “começar no Espírito”, crendo em Deus para a salvação que você não conseguia obter por si mesmo, agora você de alguma forma crê em você mesmo para a santificação. De alguma forma, de alguma maneira, se você voltar para a raiz, ou sua consciência está cauterizada porque não se importa com o que Deus pensa (e se for assim está em sérios apuros), ou você se importa profundamente, mas falha vez após vez. O que você faz, você odeia absolutamente. Você odeia aquele olhar reprovador, aquele revirar dos olhos, aqueles lábios franzidos, aquela frieza para com sua esposa, marido ou colega de quarto, ou a falta de sinceridade que tem com outros e os julgamentos que sente ao franzir a testa para alguém por causa da maneira que se veste. Se você realmente nasceu uma segunda vez, você odiará essas coisas. O que você faz, você odiará. Você não consegue continuar a viver assim sem uma consciência.
As ovelhas conhecem a voz do Pastor, mas os bodes não. Se alguém conversa com você sobre pecado em sua vida, você encontrará convicção em seu coração em relação àquilo porque o Espírito de Deus vem com plena convicção. Como Paulo disse: “Sabemos que pertencem a Ele, porque o nosso evangelho não chegou a vocês somente em palavra, mas também em poder, no Espírito Santo e em plena convicção” (1Ts 1:5). Paulo sabia que tinha algo real acontecendo porque a Palavra de Deus e o Espírito de Deus vieram, e houve plena convicção. Lembra da reação dos coríntios à carta simples de um irmão chamado Paulo, em quem nem confiavam muito... “Que indignação, que temor, que desejo de corrigir cada questão.” (2Co 7) É esse tipo de coração que precisamos ter.
Então Paulo tem levantado essa gloriosa verdade de começar em fé pelo Espírito e também de andar em fé pelo Espírito. É JESUS quem cumpre as exigências de Deus para a salvação. E é JESUS quem supre tudo referente à vida e à piedade. “Seu divino poder nos deu tudo de que necessitamos para a vida e para a piedade, por meio do pleno conhecimento daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude. Dessa maneira, ele nos deu as suas grandiosas e preciosas promessas, para que por elas vocês se tornassem participantes da natureza divina e fugissem da corrupção que há no mundo, causada pela cobiça” (2 Pedro 1:3-4). Grandiosas e preciosas promessas! Promessas que nos permitem ser participantes da natureza divina para que não precisássemos ter vista curta e ser cegos e infrutíferos. Agora Deus pode brotar de dentro ao crermos Nele pela fé para não só cumprir as exigências de Deus de nos justificar e nos libertar da penalidade da morte... Mas também para nos trazer a Ele na estatura de Cristo, com a personalidade e o carácter e a plenitude de Jesus. Isso é o coração e a vontade de Deus para você, e é acessível por crer Nele (o Deus que disse: “Que a luz brilhe na escuridão!”) e por contemplar a pessoa de Jesus e confiar Nele completamente para essa transformação.
E realmente essa é uma boa notícia para mim. É muito melhor do que ter que “ser alguém” e “saber” coisas e conseguir fazer 10.000 coisas e evitar outras 10.000 coisas Posso saturar meu coração e minha vida com o Filho de Deus. Ele me transformará de glória em glória ao contemplar Ele e confiar Nele e entregar meus apetites e não mais “oferecer os membros do meu corpo como instrumentos de injustiça”. Eu me ofereço a Ele e invoco o Nome do Senhor, confiando Nele e crendo Nele com todo o meu coração para me transformar e me mudar. Ele é capaz de criar as galáxias, então creio que Ele é capaz de mudar o meu coração. Não importa o que já aconteceu, ou o que qualquer pessoa já me disse, não importa quão mal já senti sobre mim mesmo ou o que outros já sentiram sobre mim... Creio que Ele pode mudar meu coração.
Começo por reconhecer que as maneiras Dele são justas e verdadeiras. Vejo Romanos 1 a 3 e digo: “Sem Ele não posso fazer coisa alguma. É verdade! Nos tornamos inteiramente inúteis. Não há nada de bom em mim... Nada bom habita em mim. Reconheço isso. Não há nenhum orgulho em meu coração. Me esvazio de orgulho.” E então creio Nele como minha única esperança. Creio Nele para justificação, e depois creio Nele para caráter, crescimento e plenitude. Essas são as Boas Novas que nos sustentam e nos lideram pela nossa vida, que Jesus demonstrou para nós em Seus 33 anos e que Ele deseja para nós e quer cumprir em nós. “Será que encontrarei fé na terra quando voltar?”
O Filho dá prazer ao Pai
“Assim, encontro esta lei que atua em mim: Quando quero fazer o bem, o mal está junto a mim. No íntimo do meu ser tenho prazer na Lei de Deus; mas vejo outra lei atuando nos membros do meu corpo, guerreando contra a lei da minha mente, tornando-me prisioneiro da lei do pecado que atua em meus membros. Miserável homem que eu sou! Quem me libertará do corpo sujeito a esta morte? Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor! De modo que, com a mente, eu próprio sou escravo da Lei de Deus; mas, com a carne, da lei do pecado.” (Romanos 7:21-25)
Paulo está angustiado com isso... “Aiii, isso é tão terrível! Há alguma resposta para toda essa dor terrível que sinto? Há alguma resposta? Estou disposto a reconhecer quão lamentável é minha vida. Admito francamente, sem orgulho, quantas vezes falhei. Reconheço isso. Deus é justo e Seus decretos são VERDADEIROS e BONS. Ele é Santo. Eu sou lamentável. Eu reconheço isso tudo e não me defendo! Não faço nenhuma comparação a outros ou a mim mesmo. Sou um fracasso absoluta e completamente. Há ALGUMA esperança para mim!!??”
“Portanto, agora já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus, porque por meio de Cristo Jesus a lei do Espírito de vida me libertou da lei do pecado e da morte. Porque, aquilo que a Lei fora incapaz de fazer por estar enfraquecida pela carne, Deus o fez, enviando seu próprio Filho, à semelhança do homem pecador, como oferta pelo pecado. E assim condenou o pecado na carne, a fim de que as justas exigências da Lei fossem plenamente satisfeitas em nós, que não vivemos segundo a carne, mas segundo o Espírito.” (Rm 8:1-8:4)
Consegue ver como tudo isso está florescendo? Paulo está dizendo: “Você precisa entender que as justas exigências da lei podem ser cumpridas em seus corpos mortais, na sua era, durante o tempo de vida que Deus deu a você.” Se você viver pelo poder do Espírito em vez de pelo poder da lei nos membros do seu corpo, você pode viver no tipo de vida que Deus pretendeu para você, aquele que Jesus viveu!! Se viver pelo Espírito, em comunhão e amizade com Deus, não falará nada que não ouvir o Pai falando nem fará nada que não vir o Pai fazendo, porque não confia nada em você mesmo. Não será porque é tão “espiritual”, mas porque é tão NÃO espiritual. Não terá escolha a não ser virar-se a Ele e extrair cada palavra que fala e cada grama de vida do coração Dele. Com a luta furiosa em sua carne, você se torna mais e mais convencido. Com glória cada vez maior e maior e maior você ficará mais convencido de que a lei do pecado e morte é na verdade colocada de lado SE você simplesmente viver pelo Espírito Dele em comunhão com Ele. Assim e SOMENTE assim as justas exigências da lei serão cumpridas em nossa vida atual de maneira que satisfaz o Pai. Não será por causa de nós. Somente o Filho vivendo através de nós poderá satisfazer o Pai.
Então abandonamos tentar sacrificar qualquer coisa “para Ele” ou realizar qualquer coisa boa “para Ele” ou nos justificar de qualquer maneira. Paramos de tentar manter nossa reputação ou nos comparar a outros. Um homem morto não pensa sobre todas essas coisas! E até que você esteja morto, você não consegue encontrar o poder de Deus. Você terá guerra constante dentro de você até estar MORTO para aproximar-se do Pai em qualquer base que não seja através de JESUS, como modo de vida. “Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive. Porém vivo pela Fé no Filho de Deus, que me amou e Se entregou por mim.” Se isso não descreve você, você está sob uma maldição, como Paulo disse anteriormente. E esta é a maldição: Ou sua consciência está cauterizada e não conhece a vontade de Deus, perdendo Ele completamente, ou você conhece a lei, mas não consegue guardar a lei. Sua consciência foi iluminada pelas exigências de Deus, que são santas e verdadeiras. Você não consegue achar culpa na lei ou na santidade de Deus, então está desesperado para cumprir a lei. Mas descobre que simplesmente não consegue, e você se torna mais e mais culpado. E então, finalmente, em algum lugar no meio de toda essa luta... uma vez em um raro momento entre uma geração inteira de pessoas... alguém decide que quer crer em Jesus e entregar sua vida a Ele e parar de se esforçar. Decide encontrar Ele e somente Ele para sua única justificação e sua única santificação, com todo seu coração e alma e toda sua mente e força.
Deus não quer somente algumas raras pessoas, mas uma tribo inteira assim! Ele quer uma raça inteira nascida do Segundo Adão, não somente o “primeiro Adão” tentando agradar o “Segundo Adão”. Uma raça de pessoas nascidas do próprio ventre de Deus, vivendo na vida genética de Jesus, da mesma maneira que Ele viveu, pelo Espírito, no novo e vivo caminho.
“Portanto, agora já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus, porque por meio de Cristo Jesus a lei do Espírito de vida me libertou da lei do pecado e da morte. Porque, aquilo que a Lei fora incapaz de fazer por estar enfraquecida pela carne, Deus o fez, enviando seu próprio Filho, à semelhança do homem pecador, como oferta pelo pecado. E assim condenou o pecado na carne, a fim de que as justas exigências da lei fossem plenamente satisfeitas em nós, que não vivemos segundo a carne, mas segundo o Espírito. Quem vive segundo a carne tem a mente voltada para o que a carne deseja;” (Rm 8:1-5a) Note a ligação entre sua mente e o Espírito de Deus. Se você vive de acordo com a natureza pecaminosa, sua mente e pensamentos estarão voltados e consumidos pelo que a natureza terrena deseja, que é: justificação, retaliação, julgamentos, mágoa, cobiça, medo do homem, orgulho. Sua mente estará estabelecida nessas coisas. Se a natureza pecaminosa está reinando em seu corpo mortal, sua mente está com a atenção fixada em questões terrenas.
“Mas quem vive de acordo com o Espírito, tem a mente voltada para o que o Espírito deseja.” Não estou vivendo para mim mesmo porque não vivo mais. Vivo para o que o Espírito deseja. “O zelo pela Casa do Pai me consume.” Não corro atrás daquilo que me agrada, que agrada minha carne e minhas glândulas – a cobiça dos olhos, a cobiça da carne e o presunçoso orgulho pelas coisas da vida. Eu não quero isso mais porque sei que cria uma luta violenta dentro de mim. Quero voltar minha mente para o que o Espírito deseja – comunhão com o Deus Trino, a mesma que Jesus teve.
“A mentalidade da carne é morte…” Se você não crê nisso, então sua consciência está completamente cauterizada. Você precisa sentir isso “atuando nos membros do seu corpo” (Rm 7:23). Como Paulo disse: “A mentalidade da carne é morte. Eca!! Ai, miserável homem que eu sou!” Você está desconectado de Deus se não ficar devastado quando vive pela carne e pela natureza pecaminosa e tenta se justificar pelas coisas externas, comparando-se aos outros ou com como você era antes ou com aquilo que “pensa” entender da Palavra de Deus ou alguma outra coisa externa.
Sinais do Espírito vivendo interiormente
“A mentalidade da carne é morte, mas a mentalidade do Espírito é vida e paz.” (Rm 8:6) Aqui está um sinal de um homem vivendo pelo Espírito: Ele sente vida e paz no seu coração e mente, e as obras da natureza pecadora são mortas. Ele será inculpável, justo e santo aos olhos de Deus. Ele viverá em comunhão com Deus e dará sua vida para seus irmãos de maneiras muito óbvias, como Jesus fez. Você diz que ama Deus? João diz que seus irmãos poderão dizer se você ama ou não. Porque você não ama Deus se seus irmãos não sabem o quão desesperadamente você os ama! Como você poderia amar um Deus a quem não vê se não ama a medida de Deus que foi dada a seus irmãos? João disse: “Você é um mentiroso e a verdade não está em você” (1 João 4:20). “A vida e a mente controladas pelo Espírito é vida e paz.”
“A mentalidade da carne é inimiga de Deus.” (Rm 8:7) Há uma inimizade presente... “Não me amarre. Não me obrigue a fazer isso. Você é um Deus severo. Você é um senhor severo, colhendo onde não semeou. Está tentando tirar todos os meus direitos de mim. Você está me forçando e me fazendo fazer isso ou aquilo. Simplesmente não é justo. Você fez isso para outro, mas não faz para mim.” “Você me fez assim!” o barro diz ao Oleiro. Deus não está muito satisfeito com esse tipo de atitude.
“A mentalidade da carne é inimiga de Deus porque não se submete à Lei de Deus, nem pode fazê-lo.” (Rm 8:7) Seja quanto for que nos esforcemos, não temos poder no nosso interior, vivendo por coisas externas, para obedecer a Deus. Não é possível! Há uma hostilidade e um ressentimento em relação a Deus, Seu povo e Sua Palavra. Não queremos ter nada a ver com Ele. Chutamos e empurramos e resistimos e ressentimos. “Quem é dominado pela carne não pode agradar a Deus.” (Rm 8:8) Você não consegue agradar a Deus quando dá seu coração e sua mente para a natureza pecaminosa e se você se aproximar Dele com base em coisas externas.
“Entretanto, vocês não estão sob o domínio da carne, mas do Espírito, se de fato o Espírito de Deus habita em vocês. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, não pertence a Cristo.” (Rm 8:9) É uma declaração condicional, uma declaração com um “se”. Se o Espírito de Deus habita em vocês, então não estarão vivendo de acordo com a carne pecaminosa. Ele dá o Espírito Santo como o depósito ou o adiantamento que garante que a Casa e a Herança sejam nossas. E há certas características quando o Espírito Santo vive dentro. Quando o Criador, o Próprio Deus, vive dentro de você, há certos “sinais”, João disse e Jesus ensinou e Paulo está ensinando aqui. Haverá vida reinando dentro de você (Romanos 5)! Haverá poder vivendo dentro de você. Haverá vida e paz dentro de você, e as exigências justas da lei serão cumpridas em você, com glória cada vez maior. A estatura de Cristo e a comunhão com o Deus Trino continuarão a brotar, brotar, brotar, de maneira supernatural, à medida que você crer Naquele que Ele enviou. Esses são os sinais do Espírito de Cristo vivendo dentro de você, se de fato Ele vive em você.6
“Mas se Cristo está em vocês, o corpo está morto por causa do pecado, mas o espírito está vivo por causa da justiça. E, se o Espírito daquele que ressuscitou Jesus dentre os mortos habita em vocês, aquele que ressuscitou a Cristo dentre os mortos também dará vida a seus corpos mortais, por meio do seu Espírito, que habita em vocês.” (Rm 8:10,11) Você tem VIDA no seu corpo mortal!! Essa é a promessa de Deus, se você viver pelo Espírito Dele. Tão certo quanto Jesus ressuscitou dos mortos, também VOCÊ pode ter a Vida da Ressurreição vivendo dentro de você, que não está debaixo da lei do pecado e da morte e que não é dominada pela carne. Quando sua mente é controlada pelo Espírito, vida e paz fluirão de você, através de você e entrarão em você. Todo o seu mundo será preenchido com Jesus, em vez de contenda, luta, medo, comparação e julgamento. Em seus corpos mortais, Deus tem a intenção de cumprir em vocês a lei do Espírito de Deus, que é justiça, paz e alegria no Espírito Santo!
6 Se Jesus não habita em você... você não é Dele ainda. Esse é um chamado para aqueles que estão lutando com tudo isso. Talvez não seja aí onde você está. Talvez você não esteja lutando ou se esforçando na direção dessas coisas, ou você não deseja as coisas de Deus e não está desesperado para encontrar Deus. Talvez seja: “Simplesmente não me importo, minha consciência não me perturba nisso. Não me importo. Não é grande coisa.” Se esse é o caso para você, você não tem fome e sede de justiça, e não deseja isso como crianças recém-nascidas desejam o leite, como disse Pedro. Para você, não é questão de precisar aprender como viver pelo Espírito em vez de pela carne e a lei. O que você precisa é se prostrar e pedir que Deus liberte você da penalidade do pecado. Esse precisa ser o ponto de partida antes que essas outras coisas se apliquem. Back