Potencial Bruto
17/4/2001
Inocência é uma palavra que pode descrever um nenê ou uma pequena criança. Inocência não quer dizer “sem erro” e certamente não quer dizer “bom”. Inocência quer dizer “cheio de potencial”. Uma pessoa com inocência não é o que você chamaria por definição de “bom”, mas sim de alguém impregnado com potencial. É como uma rocha na beira de um abismo. Existe uma energia potencial pronta a se tornar energia cinética; basta um pequeno toque e a rocha cairá. A distancia do topo do abismo até o chão é a energia potencial. A rocha não está se mexendo, mas existe um poder tremendo quando vemos esta pedra à beira do abismo. Não está em movimento agora, mas o poder em evidência é tremendo. Um pequeno toque e ela pode cair em cima de um caminhão, deixando-o em pedaços.
É assim com um nenê ou criança pequena. São “inocentes”. Estão latentes, impregnados de poder, não necessariamente para o bem e nem necessariamente para o mal. E é exatamente aí onde entra a criação de filhos. Vamos prestar contas e somos responsáveis para canalizar essa potência na direção do bem para a Glória de Deus. Somos pais substitutos, assumindo temporariamente o lugar do Pai de seus espíritos. Quando são concebidos... quando Deus os traz ao universo... quando Ele sopra o Seu ar e o Seu Espírito para dentro do útero—o que antes era uma reação química agora se torna vida, uma criança. Isso é um milagre de Deus. A nossa responsabilidade como pais é a de canalizar aquela inocência para vida com o verdadeiro Pai deles.
Minha filha freqüentemente me diz: “Você é o meu segundo pai mais favorito do mundo inteiro”. Ela sabe que o seu Pai verdadeiro está no céu. Ela disse para a mãe semana passada: “Você é minha mãe favorita do mundo inteiro, mas o papai é o meu segundo papai favorito”. Você talvez não saberia como interpretar isso, baseando-se apenas nas palavras em si. : ) Mas o que ela estava dizendo é que ela sabe quem é o seu pai temporário, um pai da sua mesma carne, e quem é o seu eterno Pai celestial. O meu trabalho é apresentá-la perfeita em Cristo para o seu verdadeiro Pai.
Devemos criar as nossas crianças para Ele, não simplesmente vê-las crescerem. Isso é uma distinção importante. Precisamos colocar na cabeça que realmente isso não é simplesmente uma coisa comum da vida. “A chuva cai sobre os justos e injustos. As pessoas engravidam, têm nenês, e começam a trabalhar. Passam por algumas dificuldades. Algumas pessoas têm enxaquecas. Outras pessoas têm filhos. E algumas têm os dois. A vida é assim mesmo”. De Jeito Nenhum! É realmente uma bênção e é com intenção que Deus deixa uma criança nascer no mundo.
Uma criança é saturada de potencial e como Jesus disse: “Ai daquele pelo qual o pecado vem”. O pecado vai vir, mas ai daquele, maldito aquele pelo qual o pecado vem. Jesus conhece o potencial de energia e vida latentes em qualquer pequena criança. Ele conhece a inocência e o potencial, portanto é uma coisa muito séria que CONSIDEREMOS nossa responsabilidade de criar os nossos filhos para o Rei. Nós vamos prestar contas a Deus por como “criamos” eles.