A Família do Segundo Nascimento
30/12/2006
30/12/2006
Jesus não disse: “O zelo por meu Pai me consome.” O que Ele disse? Foi: “O zelo pela casa do meu Pai me consome” (Salmo 69:9, João 2:17). É claro que o zelo pelo Pai consumia Ele, não há dúvida disso. Mas Jesus viu que era a plantação do Senhor, o jardim do Seu Pai que era precioso para o Pai, e Ele estava disposto a morrer por esse jardim. Zelo pela Família do Pai O consumiu, e não apenas o zelo pelo Pai. Não foi apenas sobre Seu próprio relacionamento com Deus. Era sobre Seu relacionamento com Deus, que fluía para Seus irmãos no dia-dia. Será que Jesus “frequentava” seus irmãos? Será que Seus irmãos “frequentavam” Ele? Claro que não. Caminhavam juntos como uma família, ao se sentarem, se levantarem e caminharem pelo caminho (Dt 6:7, Dt. 11:19). Desde o início de tempo foi o desejo do coração de Deus que fossemos uma Família, cem mães, irmãos, irmãs, terras e posses (Mateus 19:29). E ser Família vai exigir coragem. Exigirá sabedoria e paciência. Precisamos amar os outros mais do que amamos a nós mesmos. Temos que amar uns aos outros da mesma maneira que amaríamos nossos próprios filhos, porque passamos a entender que é o Segundo Nascimento que nos define como sendo parte de Sua Família. Todo mundo entende o primeiro nascimento. Essa é a “minha” família, esses são “meus” filhos, e eles têm o “meu” sobrenome. Mas quantas pessoas entendem o Segundo Nascimento de ser mais importante do que o primeiro nascimento?
Jesus deixou claro que o Segundo Nascimento é mais importante. Você se lembra de quando o povo disse: “Bem-aventurado o ventre que Te deu a luz”? E Jesus disse: “Não. Pelo contrário, bem-aventurado é aquele que faz a vontade de Deus. Aquele que sabe e vive a vontade de Deus” (Lucas 11:27-28). E outra vez quando o povo disse: “Jesus, sua mãe e seus irmãos estão lá fora.” O que Ele respondeu? “Estes são as minhas mães e irmãos e irmãs”, enquanto olhava para os que estavam sentados em torno dEle. “Aqueles que fazem a vontade de Deus são as minhas mães, irmãos e irmãs.” (Marcos 3:31-35). Jesus viu o Segundo Nascimento como sendo mais importante do que o primeiro nascimento. Quem estava esperando por Ele lá fora? Bem, era Maria. Será que ela era uma pessoa maravilhosa? Sim, claro que era. Seus meio irmãos Tiago e Judas também estavam lá fora, e Jesus também os amava. Eles estavam um pouco teimosos no começo e não gostavam de Jesus, porque tinham ciúmes dEle enquanto cresciam. Mas Jesus sabia que eventualmente perceberiam quem Ele era e que acabariam escrevendo os livros da Bíblia. Ele sabia disso. Então, mesmo que Sua mãe física, irmãos e irmãs estavam lá fora, Ele disse: “Aqui estão as minhas mães, irmãos e irmãs.” Ele estava dizendo ao povo que: “O Segundo Nascimento é o que define minha família. É claro que amo minha mãe, mas precisamos entender que o Segundo Nascimento é crucial para viver como Cristãos e é crucial para ajudar uns aos outros a crescer.”
A maioria ainda não compreendeu isso e não tem vivido dessa maneira. Se perguntasse eles, diriam: “Sim, claro que é verdade.” Mas, por algum motivo, tratam seus irmãos e irmãs em Cristo como fosse possível “frequentá-los” em uma reunião, no entanto nunca tratariam os seus filhos desse jeito! Então, obviamente, ainda valorizam o primeiro nascimento mais do que o Segundo Nascimento, o nascimento espiritual, o nascer de novo. É obvio que valorizam mais o primeiro nascimento, porque não amam os outros da mesma maneira que amam seus filhos. Se veem seus filhos começarem a agir ou falar de uma forma mundana ou a valorizarem mais as coisas do mundo, iriam conversar com aquele filho sobre isso. Se veem que o filho está doente, imediatamente se preocupam com isso. Mas se veem alguém em torno deles que está espiritualmente doente, eles nem percebem. Ou pensam: “Ah, isso é problema deles, quem sou eu para julgar?” Quando seu filho começa a demonstrar afeições pelo mundo, você iria perguntar: “Quem sou eu para julgar?” E depois deixaria de lado? Que tipo de pai ou mãe tolo e egoísta seria esse? É claro que você vai importar, porque é sua responsabilidade de criá-los na disciplina e na admoestação do Senhor. Deus deu essa responsabilidade para você.
Jesus nos deu cem mães, irmãos e irmãs no Segundo Nascimento. “Quem são minhas mães, irmãos e irmãs?” São aqueles que fazem a vontade de Deus, que O amam e já Nasceram pela segunda vez em uma família espiritual, e eu cuido e importo com eles da mesma forma que cuidaria a minha família física. Eu estou tão atento, tão prudente e tão envolvido com eles quanto com os meus próprios filhos biológicos. Essa é a Igreja que Jesus está fazendo nascer na terra, aqueles que estão conscientes das suas responsabilidades de ajudar uns aos outros a retirar as ervas daninhas, para regar, fertilizar e ajudar o dom de Deus crescer uns nos outros. E quando eu vejo alguém que não se importa ou que parece estar desinteressado, eu digo: “Podemos conversar um pouco? Parece que você não está muito interessado. Parece que não está se importando com a Palavra de Deus agora. Podemos conversar sobre isso?” E não é o “pastor” fazendo isso. Todos nós estamos fazendo isso, o sacerdócio de crentes, um Reino de sacerdotes onde todos nós assumimos responsabilidade.