"Criando Filhos para o Rei" Parte 1
2001
A Lei do Semear e Colher
Eu gostaria de sugerir que nós, apesar até mesmo da perfeita inteligência e compreensão a respeito de cada área de desenvolvimento humano do um ponto de vista físico e espiritual, nunca seremos capazes de controlar o resultado final de nossos esforços. Em outras palavras, sempre vai haver um encontro face a face com um Deus vivo. Não podemos “fazer isso por eles”. Como nós, eles “nascerão, não por descendência natural, nem pela vontade da carne, nem da vontade de algum homem, mas de Deus”. Não tem outra maneira, precisa ser: nascido de Deus e não por decisão humana, nem por herança natural, nem por vontade do marido. Não seremos capazes de fazê-los nascer de Deus, não importa quão exata a nossa percepção dos caminhos de Deus seja. Não podemos fazer isso por eles. Eles precisam ter o seu encontro com o Deus vivo.
Temos, porém, uma responsabilidade como “pais segundo a carne” (Hb 12:5-11; Lucas 11:11-13) de “treiná-los no caminho por onde devem andar”. Especificamente, precisamos ter certeza de que eles conhecem a inalterável e invariável Lei que diz: “o homem colhe aquilo que planta”. Pode não ser hoje, mas no tempo certo eu garanto que todo homem vai colher o que plantou. É inalterável. É como a lei da gravidade—vai acontecer; o homem colhe o que planta. Se você plantar milho, não vai colher um carvalho. É impossível. Não vai acontecer. Se um homem de certa espécie se ocupa na propagação desta espécie, adivinhe só, ele vai propagar somente esta espécie! A semente é que determina o resultado. Vai ser sempre assim... sempre vai colher o que plantou. Jamais alguém planta uma semente de abóbora e ela germina um repolho. De Gênesis, capítulo um, passando pelos ensinos de Jesus (Lucas 6:43-45 etc.) e até o fim da Bíblia: “O homem colhe aquilo que planta” “em tempo oportuno”.
Um Preço Precisa Ser Pago Todas as Vezes
É bom relembrar, por mais estranho que isso possa parecer, que nosso trabalho com nossos filhos não é obter “resultados”, mas sim ter certeza de que eles vejam a consistência de pagar o preço cada vez que plantarem sementes, seja “para a carne”, seja “para o Espírito” (Uma observação à parte, que vale varias páginas para alguns pais: NUNCA, NUNCA, NUNCA discipline uma criança quando você estiver com ira egoísta). Sem essa visão, o comportamento externo pode ser convenientemente alterado para escapar da punição ou para manipular e extrair uma reação de você, porém o coração não vai mudar para com Deus! Que preço a pagar por nossa negligência e preguiçosa inconsistência!
Precisamos discipular nossos filhos para que entendam que se semearem para a carne, irão colher destruição. Quando eles pecarem há um preço que precisa ser pago. Quando somos inconsistentes por causa de preguiça ou falta de sensitividade ao disciplinar as crianças, estamos ensinando que elas não vão colher o que plantarem. Se simplesmente deixamos as coisas passarem, ou damos apenas uma palmadinha nelas e dizemos “comporte-se”, ou se dissermos para não fazerem uma coisa, mas ignoramos quando mesmo assim fazem porque estamos ocupados demais com nossos afazeres, estamos ensinando a elas que não vão colher o que plantar. “Eu posso semear qualquer coisa que quiser e tirar uma boa colheita. Posso ser preguiçoso, posso plantar urtiga e colher trigo”. É isso que estamos comunicando a elas quando há disciplina inconsistente na criação das nossas crianças.
Quando não somos atentos e não demonstramos consistência ensinamos a elas que podem quebrar a lei do semear e colher, quando de fato elas não podem quebrá-la, porque Deus, seu verdadeiro Pai, vai trazer a colheita ruim na vida delas, quer saibam ou não, no tempo oportuno.
Nosso trabalho é continuamente colocar microcosmos diante delas. Temos que mostrar a elas numa escala menor aquilo que é verdade no plano espiritual. Devemos ter consistência com assuntos físicos e materiais para que saibam que, nos assuntos espirituais e do coração, elas irão colher aquilo que plantarem.
O Reino Está Dentro de Vocês
Ao criarmos os filhos na disciplina e admoestação do Senhor, ensinamos a eles os princípios do mundo material, os auxílios visuais que vão permitir que entendam os princípios “nem-aqui-nem-acolá-mas-dentro-de-vocês” do coração.
Todo o Velho Testamento é uma sombra da realidade que está em Cristo. A velha aliança toda é um auxílio visual no mundo material para a realidade que é verdadeira no Reino de Deus e que esse Reino não é encontrado aqui nem ali, mas dentro de vocês! O velho reino era de sistemas sacrificiais, templos, etc. Hoje o Reino de Deus não consiste de um Deus que habita em templos feitos por homens, de tijolos e argamassa e nem em prédios religiosos. Ele habita em homens. O reino não é aqui nem acolá. Não é num horário “x” no domingo. Está dentro de vocês! O sacrifício é vivo e não mais um cordeiro, bode ou touro. O Reino não é mais na velha aliança de coisas materiais, mas agora é dentro de vocês. É uma realidade espiritual.
O povo de Deus sempre foi chamado de “os filhos de Israel”. Você já havia notado isso? Isso quer dizer o seguinte: Deus referiu-se a eles como filhos, e de fato eles são uma figura de filhos hoje. A lei do semear e colher e a própria lei em si, os mandamentos e o sistema de sacrifícios, tudo isso é relativo à sua posição como filhos enquanto são escravos dentro de casa. Enquanto é criança, diz em Gálatas 4, é como um escravo dentro da casa, mesmo que toda a herança pertença a você. É somente quando alcança o huios, condição de filho, que você realmente entende a herança que lhe pertence.
“Moisés disse a vocês: ‘Não matarás’. Mas Eu digo: ‘Se odiar, você já cometeu homicídio’. Moisés disse a vocês: ‘Não cometam adultério’. Mas Eu digo: ‘Se violar sua vontade, se violarem seu coração, vocês já cometeram adultério. Se já cobiçou você já cometeu adultério.’” O cumprimento da lei no Reino de Deus tem a ver com questões do coração. Deus não está interessado em mudança de comportamento. Ele quer sua vontade e seu coração.
Nós ensinamos os nossos filhos ao mostrar a lei do semear e colher no mundo material. Fazendo assim, nós estamos ensinando a eles a lei do semear e colher no mundo espiritual. Se formos inconsistentes no mundo material, eles não acreditarão na justiça e na santidade de Deus no mundo espiritual, a menos que tenham uma revelação e ainda mais, provavelmente, em suas próprias vidas uma tremenda queda. Pode acontecer, como aconteceu com a maioria de nós. Nós não crescemos entendendo nenhuma dessas coisas.
Vamos Acertar Isso JÁ
A maioria de nós não teve pais que nos ensinaram tais coisas. Apesar disso, de certo modo Deus, por Seu coração paterno, interveio e nos mostrou algumas dessas coisas assim mesmo. Nossa função é voltar nossos corações às crianças e as crianças ao Pai, para que tenhamos uma geração de crianças livres da corrupção dos padrões do mundo. Queremos que elas peguem a tocha a passos largos, correndo a toda velocidade para a glória de Deus, apressando o retorno de Jesus Cristo! NÃO queremos que elas precisem desfazer todas as coisas ruins que passamos a elas.
É supremo, importante e imperativo na minha cartilha que acertemos essas coisas AGORA, mesmo que não as tenhamos aprendido antes. O Coração Paterno de Deus pode superar nossas incapacidades, e é bom saber disso porque provavelmente nós nunca iremos ter todas essas coisas perfeitamente ajustadas. O Coração Paterno de Deus é capaz de superar essas coisas, mas se nós pudermos ensinar as crianças isso aqui e agora, nas sombras do mundo físico, então Deus poderá ter melhor acesso para tomar posse dos seus corações no mundo espiritual.
Nosso trabalho com nossas crianças não é obter resultados, mas ter certeza de que elas vejam que se plantarem uma semente, irão ter uma colheita todas as vezes. Se não agirmos com consistência, não estaremos ensinando a elas como realmente mudar seus corações. A única coisa que aprenderão será como nos manipular. Conversas como: “Pai, eu te amo taaaaaanto...”; “O que é que você quer?”; “As chaves do carro, pai.” Viu só como acontece? Isso acontece porque elas não aprenderam a consistência da santidade e do julgamento, do conhecimento, da sabedoria e da vastidão de Deus. E isso acontece porque nós não agimos com consistência! Elas podem nos manipular muito bem; e sabem que vai dar certo. No fim, elas acabam pensando que podem manipular Deus do mesmo jeito, até que venha uma revelação maior e provavelmente com isso uma tremenda queda na vida delas. Que preço a pagar por nossa negligência e inconsistência preguiçosa!
Graça
Junto com isso, à medida que seu amor e misericórdia vêm à tona em face à “ignorância” dos seus filhos, você pode querer demonstrar a Graça de Deus. (l Timóteo 1:13: “... a mim que antigamente cheguei a blasfemar, que persegui os cristãos e que os caluniei. Mas Deus teve misericórdia de mim, porque eu fazia isso por ignorância e incredulidade.”) Quando nossos filhos são ignorantes e andam em incredulidade, enquanto não possuem o entendimento de toda a justiça de Deus, nós podemos, por nossa misericórdia (por nosso coração de mãe ou pai), conceder-lhes misericórdia e mostrar-lhes bondade. Você pode resolver demonstrar a graça de Deus em vez de tremenda consistência na disciplina cada vez que elas até mesmo olharem torto para nós.
Pode haver tempos quando a graça vai ser a ordem do dia. Contudo, “Graça” não é “fazer vista grossa” com o pecado e ser negligente ou “amorosamente” fingir que nada aconteceu, mas sim permitir que outra pessoa pague o preço pela transgressão no lugar de quem a cometeu. Você precisa entender que graça não é ignorar o pecado. Graça é deixar outra pessoa pagar o preço. O pecado nunca é ignorado. O salário do pecado é a morte, sempre. Não há nunca uma exceção para isso. Nós sempre iremos colher aquilo que plantamos. Não há nunca uma exceção para isso, a menos que deixemos outra pessoa se tornar maldição por nós, a menos que alguém se torne pecado por nós para que nos tornemos Sua justiça (2Co 5:21).
A Lei Inteiramente
A Justiça Divina e a Lei do Semear e Colher não permitem que a “transgressão da lei” fique sem resposta, nem mesmo uma única vez. A Palavra de Deus é muito clara nesse ponto (Ap 21:27; Rm 3:23; Rm 6:23; Tg 2:10-11; Gl 3: 10-14).
Tiago 2:10-11 diz que se você tropeçou em um só ponto cometendo o mais leve pecado, torna-se culpado de quebrar a lei inteiramente. Se você acabou de ter uma atitude ruim, se sentiu desgosto do seu chefe, se já cometeu o mais leve engano (como por exemplo não falar toda a verdade), então a Palavra de Deus diz que você é culpado de violar a lei inteiramente. É a mesma coisa ser um estuprador e assassino porque você será julgado como um estuprador e assassino por ter feito uma careta uma única vez. Você é culpado de quebrar a lei inteiramente se tropeçar mesmo que seja em um único ponto.
Por que é assim? Porque quando você viola a lei num único ponto, você está brandindo seu punho contra Deus. Você disse: “Deus, você não tem o direito de me dizer o que fazer”. Isso é uma violação de Sua santidade e, portanto, uma violação de Sua pessoa! É uma violação de Sua pessoa descartar por completo tudo sobre Deus e fazermos uma lei para nós mesmos. “Sou eu quem define o que é bom e o que é mau. Eu vou definir que isto é um pecadinho e esse outro é um pecadão. Isto é importante, isso não é. Isto pode, e isso não pode. Não é certo matar, mas não tem importância um olhar torto para alguém. Não tem problema falar mal do meu chefe ou ter uma atitude ruim ou falar mal do meu vizinho”. Deus diz que é homicídio.
Moisés disse a vocês: “Não matarás”. Mas eu digo: “Se xingar seu irmão você é culpado de homicídio”. A essência do desrespeito à lei é que nós nos tornamos lei para nós mesmos. Nós violamos a santidade de Deus. Se violarmos a santidade de Deus, somos totalmente culpados de violar cada ponto da lei e assim temos um problemão porque o salário de infringir a Deus é sempre a morte. Não existe nunca exceção para isso.
Jesus Recebeu a Maldição
Gálatas 3:10-14 diz que se tentarmos ser justificados pela lei, estamos debaixo de uma maldição. Se tentarmos fazer o bem para agradar a Deus e nos tornamos uma lei para nós mesmos julgando o bem e o mal, então estamos debaixo de uma maldição e vamos morrer. Também diz que Jesus se tornou maldição por nós, porque “maldito todo aquele que for pendurado no madeiro”. Mas se recebemos o que o dom de Deus em Cristo Jesus é, pela fé, e quem nós somos, então somos revestidos com Cristo e somos filhos de Deus. Como? Pela fé em Jesus Cristo. “Pois os que em Cristo foram batizados, de Cristo se revestiram”. Se entrarmos na justiça de Deus em Jesus Cristo pela fé em Jesus Cristo, então Ele se torna pecado por nós, enquanto nós nos tornamos Sua justiça. Se não permitirmos que Ele se torne maldição por nós porque não recebemos Sua misericórdia, bondade e graça pela fé; se decidirmos que vamos nos justificar aos olhos de Deus, então somos malditos porque somos culpados de violar cada ponto da lei e assim nós é que vamos morrer naquele madeiro. A lei é bastante clara sobre isso.
A Boa Nova de Jesus Cristo será prefigurada para seus filhos à medida que você criativamente demonstra a inabalável incondicionalidade das Leis de Deus, e mais, à medida que a Misericórdia é estimulada, a Graça que é deixar outra pessoa receber o irrevogável castigo justificado pela transgressão do mandamento que Deus, pelos pais, ordenou. (Por mais que possa parecer loucura, “jejue” por um dia para sofrer a punição que a criança deveria sofrer, ou fique sem sobremesa no lugar dela. Se resolver oferecer a ela graça que é “imerecida”, diga a ela por que você está fazendo isso. Pode se evidenciar em milhares de maneiras, mas que seja alguma coisa!) A Justiça Divina decreta que alguém sempre vai colher o que plantar, e “graça” nunca significa que o pecado é ignorado, mas que outra pessoa paga pela sua transgressão em seu lugar.
Nós damos uma ordem a nossos filhos—se eles a violarem, mesmo em atitude, eles se tornam culpados de violar todo o relacionamento entre filho ou filha e os pais. Eles se tornam culpados de quebrar a lei inteiramente até por uma careta. A lei diz que eles são dignos de morte. E, de fato, a velha aliança dizia que se um filho não fosse obediente aos seus pais, eles o apedrejariam publicamente na frente de toda a igreja, na frente de todo o Israel. Aquilo foi um sinal das relações familiares e Deus estava tentando nos mostrar que fazer careta é violar o relacionamento da família. Isso vale para marido e esposa. Isso vale entre filhos e os pais. E essa é uma lei irrevogável, que justifica morte de acordo com a palavra de Deus.
A parte boa vem agora, por mais duro que tudo isso possa parecer, a boa nova de Jesus Cristo é que Ele pode se tornar pecado por nós. Ele pode se tornar maldição em nosso lugar. Esta é uma questão de vida ou morte. Isso não é só uma brincadeira, um joguinho de palavras. Isso é vida e morte. Se não recebermos Jesus Cristo como pecado por nós mas ao invés disso decidirmos que vamos viver como bons Cristãos para ganhar nossa salvação com Deus, então somos culpados de quebrar toda a lei mesmo se falharmos uma única vez. Se você não falhar nem uma vez, tudo bem. Mas se falhar nem que seja só uma vez, você é culpado de violar todo o amor de Deus por você. E, fazendo assim, você é culpado de violar toda a lei, o que é punível com morte. O mesmo vale para o relacionamento de um filho com os pais. A boa nova de Jesus Cristo sinalizada em nosso relacionamento com nossos filhos é que nós também podemos mostrar a eles a graça, não ignorando o pecado mas fazendo com que o pecado seja pago de outro jeito. Não perca essa oportunidade de conduzir seus filhos através de uma experiência de aprendizado que eles ou irão aprender ainda jovens, ou quando forem mais velhos (mais difícil)... ou jamais vão aprender—e perderão suas almas pela eternidade, “colhendo o que tiverem plantado”.
Recebendo o Castigo
Um exemplo clássico disso ficou bem claro quando minha filha interrompeu uma conversa que eu estava tendo com alguns adultos. A lei de Deus através do pai era “nunca interrompa os adultos”, e foi o que ela fez. Ela fez na inocência. Ela foi blasfema por ignorância e por isso recebeu misericórdia. A Graça se manifestou e eu recebi o castigo no lugar dela. Ela deveria ter recebido disciplina usando a vara, mas eu literalmente recebi aquela disciplina com a vara. Por mais esquisito que isso possa parecer (e há mil maneiras de trabalhar isso), é preciso mostrar claramente que o castigo sempre vai estar lá, 100% das vezes e não 99%. “Eu vou pagar o preço por você”. Justiça 100%. Todas as vezes. A Graça é simplesmente deixar outra pessoa receber o castigo por eles. Um homem vai colher o que plantou, a menos que outro colha por ele.
Isso vai exigir alguma criatividade e reflexão da nossa parte para ter certeza de que o preço seja pago. “O preço precisa ser pago e é assim que ele vai ser pago,” ou “Hoje eu vou jejuar por causa dessa transgressão na sua vida...”. A justiça precisa ser 100%. Mesmo se a graça for oferecida, isso não é fazer vista grossa. É substitutiva, é imputada, e nada é ignorado.
Compreenda, Cuide e Corrija
Jesus Cristo colheu na cruz aquilo que nós semeamos. Ele morreu. O salário do pecado é a morte, e Ele pagou este preço. Assim nós discipulamos nossos filhos para entenderem esse fato por meio da nossa consistência, nosso treinamento com eles, e por meio de demonstrar a graça para eles de qualquer maneira criativa que pudermos empregar. Mas nós temos que saber tudo isso. Precisamos entender graça. Precisamos entender o coração de Pai que Deus tem. Nós temos que entender misericórdia, justiça e santidade para sermos capazes de discipular nossos filhos nessas coisas. Não vai acontecer por acaso.
Precisamos ter entendimento que vem do Pai sobre o que é Seu relacionamento conosco para que possamos transferir isso a nossos filhos e criá-los no cuidado e correção do Senhor—cuidado e correção dEle! Não é somente tentar fazer os filhos bons cidadãos, ensinando-os a não se intrometerem e a serem “bonzinhos” e quietos quando tentamos conversar com alguém em nossos pequenos mundinhos egoístas. Nós não queremos transformá-los em pequenos robozinhos que nos acompanham cegamente por aí. “Sim, senhora. Sim, senhor”. O objetivo não é que eles sejam “anjinhos”. Eu preferiria ter um filho desagradável e rebelde que aprendeu a justiça e santidade de Deus, e que aprendeu sobre a misericórdia e a graça de Deus por meio de seu relacionamento comigo, a ter uma criança sem personalidade cujo coração é alienado de Deus mesmo sabendo como se manter longe de problemas e evitar circunstâncias problemáticas.
Você não pode forçar “resultados” (e esse nem é seu objetivo imediato), mas você pode ter certeza, por sua disposição em renunciar à sua vida por seus filhos e os treinar em consistência, de que não há dúvida que vão colher exatamente o que plantarem! Que Deus seja misericordioso conosco à medida que tentamos andar nessas coisas.
Velho Demais para Disciplina?
Pergunta: Há um momento, para mim como mãe, quando é preciso parar de usar a vara com meu filho mais velho (doze anos de idade) e entregar ao meu marido, desde que haja respeito da parte de meu filho?
Eu penso que você vai saber quando essa hora chegar. Algumas meninas ainda não passaram da idade na qual eu posso colocá-las no meu colo. Mas eu sei que chega uma hora quando isso já passou e não é mais a coisa certa a fazer. É perfeitamente possível que esteja chegando a hora quando você entregará a disciplina de seu filho para seu marido, ou quando você exercerá disciplina de outro modo.